Reconfiguração identitária de jovens rurais como estratégia de inclusão social : a experiência dos Agentes de Desenvolvimento da Comunicação na microrregião da Bacia do Goitá - PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: LIRA, Juliana Couto Fazio de Albuquerque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Educação
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural e Desenvolvimento Local
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6089
Resumo: Os jovens rurais que vivem na região da Bacia do Goitá, Zona da Mata Norte Pernambucana participaram, em 2008 e 2009, de um Curso de Formação de Agentes de Desenvolvimento da Comunicação (ADC), a partir desse curso ficaram conhecidos como jovens ADC. Eles parecem associar a ideia de uma prática comunicativa mais consciente a uma maior inclusão social. A valorização da comunicação como direito humano permitiu que esses jovens, dentro de uma sociedade estruturada no silêncio, reconfigurassem suas identidades. Assim, nosso objetivo é analisar os processos de reconfiguração identitária dos jovens ADC como estratégia de inclusão social. Especificamente queremos compreender como os jovens articulam os processos de identificação com uma maior inserção social. Para isso partimos do levantamento bibliográfico das categorias eleitas: Iremos estudar juventude rural à luz de Wanderley (2007), Castro (2009) e Carneiro (2007); trabalharemos com identidades na perspectiva de Dubar (2005 e 2006), Hall (2006 e 2009), Bauman (2005) e sobre inclusão social faremos referência às teorias de Sawaia (2009), Xiberras (1993). Os caminhos metodológicos utilizados voltam-se para histórias de vida tópica, pois essas permitem uma melhor compreensão das subjetividades do narrador, permitindo nosso acesso ao imaginário em que as representações são elaboradas. Cientes de que as narrativas nunca serão a verdade sobre os fatos, analisaremos os relatos na perspectiva da Análise de Discurso (AD), pois essa privilegia a compreensão dos sentidos produzidos pelos discursos e isso nos ajudará a compreender o lugar de fala dos jovens. Essa construção teórica foi a chave de leitura da realidade observada a qual possibilitou a construção de alguns apontamentos. Assim, a pesquisa sinaliza para o fato de que os jovens precisam construir uma autoimagem que o permita circular no campo das atividades laborais; a reconfiguração identitária operada pelos jovens não foi parte de um projeto de transformações sociais, mas sim processos individualizados de distinção dentro da ordem social vigente. A identificação de si como jovem rural está implícita no universo cultural em que os jovens ora abraçam, ora rejeitam.