Os movimentos festivos em prol da Abolição em Pernambuco (1884-1889)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: PEIXOTO, Fernanda Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9453
Resumo: O movimento abolicionista no Império Brasileiro se fez presente em diversas províncias, inclusive em Pernambuco. Os avanços tecnológicos dos séculos XVIII e XIX, como o telégrafo, contribuíram para o maior compartilhamento de projetos para o fim da escravatura. Os integrantes das organizações em prol da abolição propagaram seus ideais de liberdade a partir de práticas que ocupavam o espaço público. As instituições formais do Império, como o Parlamento, eram locais destinados a poucos, em especial, aos homens letrados. Dessa maneira, o movimento abolicionista fez uso da rua e do teatro, por exemplo, para conseguir a adesão do maior número de pessoas. Homens e mulheres, alfabetizados ou não, livres ou escravizados, pessoas de diferentes condições socioeconômicas e intelectuais participaram das conferências, dos meetings, da leitura de novos jornais e apresentação de peças teatrais, cuja temática era a luta abolicionista. Buscamos compreender como o ideal abolicionista foi propagado a partir das práticas festivas, que denominamos Festas da Abolição, e como elas determinaram a construção das memórias relativas ao fim do cativeiro. Na realização desta dissertação, constatamos que a imprensa teve grande relevância na propagação do pensamento abolicionista e, assim, escolhemos os jornais Diário de Pernambuco e Jornal do Recife como nossas fontes de trabalho. Assim como as intelectuais Marlyse Meyer, Maria Lucia Montes e Maria Clementina da Cunha, dentre outros, também compreendemos a festa como um ritual de inversão de uma determinada ordem preestabelecida. Além disso, nos apoiando em Thompson, entendemos que as festas são um campo de permanências e rupturas, que inclui trocas e conflitos.