A luta abolicionista, a Ave Libertas e uma nova geração feminina de ativismo (Recife, 1884-1888)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: LEANDRO, Jacilene de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9490
Resumo: Diferentes perfis de moças e senhoras engajaram-se de forma institucionalizada no movimento abolicionista durante o século XIX. Em Pernambuco, essa atuação consolidou-se a partir da sociedade Ave Libertas que, com uma diretoria, composta exclusivamente por mulheres, conseguiu buscar liberdades para centenas de cativos, alavancando a ideia abolicionista na cidade do Recife. Em vista disso, este trabalho analisa as trajetórias das mulheres que participaram dessa mobilização na província pernambucana, desde o início da Ave Libertas em 1884, até a legalização do fim do trabalho escravo em 1888. Dessa forma, averiguamos as pluralidades de ações entre o público feminino e como essa participação criou uma rede de ativismo capaz de aumentar as discussões sobre a capacidade feminina de envolver-se nos debates políticos, criando uma dinâmica geracional que incentivou diversas mulheres. Através do método onomástico, orientado por Carlo Ginzburg, identificamos os nomes das mulheres que estavam associadas às ações abolicionistas e investigamos, principalmente com pesquisas no Jornal do Recife e Diário de Pernambuco, a vida dessas moças e senhoras, elencando informações que nos aproximassem dos caminhos percorridos por elas para a conquista dos espaços de informação, comunicação e intelectualidade. Com isso, exploramos como o grupo feminino recifense utilizou as estratégias do movimento, atuando nos espaços urbanos, em manifestações públicas e na imprensa, além de analisar qual proximidade as ativistas obtiveram com a população negra escravizada por meio de suas ações. Assim sendo, esta investigação baseia-se nos preceitos da História Social e da microanálise, observando as características de diferentes grupos sociais por meio do conceito de experiência histórica, a fim de verificar as transformações movidas pela mobilização social, além de utilizar o gênero como categoria de análise histórica, com o intuito de atestar a importância da atuação de mulheres para mobilização antiescravista em Pernambuco.