Parasitóides e predadores associados ao bicudo e lagarta rosada em algodoeiro tratado com caulim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: SANTOS, Roberta Leme dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6014
Resumo: Pulverizações do caulim podem ser consideradas no manejo de pragas do algodoeiro tanto em grandes lavouras no sistema convencional de produção como em pequenas lavouras no cultivo agroecológico. No entanto, é necessário que a utilização do caulim se integre de forma harmoniosa com os demais métodos de controle. Apesar do uso do caulim ser estudado visando o controle do bicudo Anthonomus grandis Boheman (Coleoptera: Curculionidae) e demais pragas, o efeito sobre a comunidade de inimigos naturais nessa cultura tem sido negligenciado. A comunidade de inimigos naturais em algodoeiro cultivado com baixo uso de agrotóxicos é abundante, diversa e com significante contribuição para restringir a ocorrência de pragas. Assim, este estudo investigou a aplicação sistemática do caulim, em condições de campo, sobre a perda de estruturas reprodutivas, emergência do bicudo e lagarta rosada Pectinophora gossypiell (Saunders) (Lepidoptera: Gelechiidae) de seus parasitóides e a abundância de predadores no dossel das plantas. Foi estudado o parasitismo do bicudo por Bracon vulgaris Ashmead (Hymenoptera: Braconidae) em botões florais pulverizados ou não com o caulim, em laboratório. A abscisão de botões florais foi 53% menor em parcelas com o caulim, mas a taxa de emergência de bicudo e lagarta rosada dessas estruturas foi similar entre os tratamentos com e sem caulim. Da mesma forma, o número de maçãs remanescentes por planta (~6 maçãs) foi similar entre os tratamentos. A abundância média de predadores Araneae, Formicidae, Chrysopidae e Coccinellidae presentes no dossel das plantas foi similar entre os tratamentos. Os parasitóides B. vulgaris e Catolaccus grandis Burks (Hymenoptera: Pteromalidae) apresentaram similar taxa de emergência em estruturas coletadas do solo nos tratamentos com e sem caulim. A taxa de parasitismo do bicudo por B. vulgaris, em laboratório, sob condições de chance de escolha entre botões florais pulverizadas ou não com o caulim foi similar. Portanto, os resultados mostram que repetidas pulverizações com o caulim, nas condições de campo do estudo conduzido, não causam efeitos adversos sobre os predadores e parasitóides que ocorrem naturalmente no local.