Estudo clínico-epidemiológico e terapêutico da esporotricose felina Na Região Metropolitana do Recife
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9695 |
Resumo: | A expansão da esporotricose felina no Brasil destaca o potencial de transmissão zoonótica e epizoótica do fungo Sporothrix brasiliensis para regiões ainda pouco estudadas, como o Nordeste. Este trabalho descreve as características clínicas, epidemiológicas e terapêuticas da esporotricose felina e a suscetibilidade in vitro dos isolados de Sporothrix brasiliensis em felinos da Região Metropolitana do Recife (RMR). Foi realizado o diagnóstico dos felinos com suspeita de esporotricose por meio do isolamento fúngico em cultura, com a identificação das espécies de Sporothrix spp. pela técnica da PCR. As variáveis clínicas, epidemiológicas, terapêuticas e os endereços dos tutores para o georreferenciamento foram obtidos por meio de questionários. Os felinos que atenderam aos critérios de inclusão foram submetidos a cinco diferentes protocolos de tratamento. Foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) do itraconazol (ITZ), anfotericina B (AnB), terbinafina (TBF) e iodeto de potássio (KI) frente aos isolados. Dentre os casos diagnosticados, a confirmação de S. brasiliensis foi realizada em 100% das amostras testadas. O perfil epidemiológico destacou a maior frequência de felinos adultos (85,5%), machos (61,8%), semidomiciliados (82,7%), que tinham contato com terra (92,7%) e que moravam em casa (81,8%). A cidade de Recife (63,6%) apresentou o maior registro de casos. A úlcera (89%), a crosta (77,3%) e o espirro (61%) foram os sinais clínicos mais frequentes. A forma clínica cutânea disseminada + mucocutânea (32,7%) foi predominante, principalmente nas orelhas (50%), na região nasal (45,5%) e nos membros pélvicos (45,5%). Os animais do grupo ITZ (65,2%) apresentaram a maior frequência de cura. Já os animais tratados com ITZ + KI apresentaram a maior frequência de óbito (56,2%). Foram identificados três isolados não selvagens para o ITZ e seis isolados não selvagens para TBF. Conclui-se que este estudo permitiu avaliar o comportamento da esporotricose felina em uma região ainda pouco estudada do Nordeste do Brasil. Além disso, o padrão de suscetibilidade in vitro foi compatível com a boa resposta terapêutica dos felinos tratados com ITZ. |