Ingestão de microplástico por Leptodactylus macrosternum Miranda-Ribeiro, 1926 (Amphibia: Anura)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: CAMPOS, Thamires Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de Serra Talhada
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Conservação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9314
Resumo: Os microplásticos são mais um tipo de contaminante preocupante da nossa atualidade, abundantes em todos os ecossistemas, tem potencial de contaminação elevado, derivados de plásticos maiores ou para o uso direito, são produzidos em grande escala, por serem derivados de materiais com ampla utilização, além de terem baixa capacidade de degradação, são descartados de forma inadequada gerando problemas a muitos organismos. Embora, os anfíbios possam ser alvo de contaminação, sendo expostos tanto em ecossistemas aquáticos como terrestres, existem poucos estudos sobre a ingestão desses contaminantes. Eles são animais indicadores da saúde ambiental e o declínio populacional global é causado por múltiplos estressores, como perda de habitat, aquecimento da temperatura, parasitas, herbicidas, metais pesados e doenças. Esses contaminantes ambientais são contribuintes importantes para entender o declínio da população mundial, assim como os microplásticos. Esse trabalho teve como objetivo relatar mais um tipo de contaminante para o grupo dos anfíbios. Foram coletados 120 indivíduos de Leptodactylus macrosternum em duas áreas em municípios pernambucanos. Durante os dias 26 de março a 05 de abril de 2019 (período chuvoso) e 17 de setembro a 22 de outubro de 2019 (período seco). Do total dos indivíduos coletados quase 86% apresentaram microplásticos em seu conteúdo estomacal, totalizando 449 partículas. As ingestões ocorreram de maneira acidental durante a captura de itens alimentares. Não houve diferença significativa entre as áreas estudadas e a sazonalidade não teve interferência na ingestão para esse trabalho. Os tipos de materiais e cores das partículas encontradas em todas as amostras coletadas foram similares aos trabalhos encontrados na literatura para ingestão de outros organismos mesmo aquáticos, sendo as fibras/filamentos azuis as mais representativas. A necessidade para combater esses contaminantes é urgente, devemos ter uma mudança radical nas nossas posturas quanto à diminuição da utilização e descarte adequados dos resíduos plásticos.