Resistência de populações pernambucanas de traças-das-crucíferas, Plutella xylostella (L.,1758) (Lepidoptera : Plutellidae) a inseticidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: SANTOS, Vanessa Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6035
Resumo: Plutella xylostella (L.) (Lepidoptera: Plutellidae), conhecida popularmente como traça-das-crucíferas é considerada a principal praga do cultivo de brássicas (ex: couve, couve-flor, brócolis e repolho) em todo o mundo. Diversos inseticidas têm sido utilizados intensivamente durante o ciclo da cultura, e em algumas áreas já foram detectadas 15 a 20 aplicações por ciclo. Além dos problemas gerados à saúde do agricultor e ao meio ambiente, o uso excessivo desses produtos tem proporcionado o aparecimento de populações resistentes deste inseto-praga a diversos compostos químicos, como é o caso dos inseticidas piretróides, carbamatos, organofosforados e Bacillus thuringiensis. O presente estudo teve como objetivo identificar a resistência em populações de P. xylostella do Estado de Pernambuco, utilizando os inseticidas abamectina, metomil, lufenurom, diafentiuron e indoxacarbe. Curvas de concentração-resposta foram estabelecidas usando lagartas de 2º instar de P. xylostella. Todas as populações pernambucanas de P. xylostella apresentaram razão de resistência (RR) significativa a pelomenos um inseticida. As menores CL50s foram registradas para o inseticida abamectina, variando de 0,01 a 0,74 mg/L e as maiores CL50s foram para o inseticida diafentiuron, 47,9 a 122,2 mg/L. A população do município de Bezerros apresentou as maiores razões de resistência 25,3 a indoxacarbe, 61,7 a abamectina e 705,2 a lufenurom, quando comparadas àpopulação suscetível. A população do município de Bonito apresentou uma razão de resistência 33,0 a lufenurom e Jupi 12,0 para abamectina. Estes resultados demonstram que o uso intensivo e indiscriminado de inseticidas na região Agreste de Pernambuco é preocupante, sugerindo o estabelecimento de um programa de manejo da resistência associado ao manejo integrado de pragas nesta área.