Suscetibilidade de populações do curuquerê do algodoeiro, Alabama argillacea (Hubner) (Lepidoptera : Noctuidae) a inseticidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: SILVA, Tadeu Barbosa Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6031
Resumo: O uso frequente e intensivo de inseticidas e o relato de falhas do controle químico de Alabama argillacea (Hübner 1818) em algumas áreas produtoras de algodão têm levantado questionamentos quanto à existência de resistência aos inseticidas. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo verificar se a hipótese de evolução de resistência a inseticidas pode explicar estas falhas de controle. Para isto, populações de A. argillacea coletadas de diversas regiões produtoras de algodão no Brasil foram expostas aos inseticidas deltametrina, clorpirifós, endosulfan, abamectina e espinosade. Todos os bioensaios de concentração-mortalidade foram conduzidos de acordo com a metodologia de imersão de folhas. As populações apresentaram, em geral, razões de resistência elevadas para a deltametrina (até 52,3 vezes). Todas as populações avaliadas apresentaram razões significativas de resistência de no máximo 8,5 vezes a clorpirifós, consideradas baixas. As razões de resistência a endosulfan nas populações também foram consideradas baixas (até 11,1 vezes), apesar de significativas estatisticamente. A máxima razão de resistência apresentada por A. argillacea a abamectina foi de 4,3 vezes, sendo, portanto, baixa, e sugerindo que estes dados ainda remetem à variabilidade natural das populações. Esta variabilidade também pode estar associada aos valores de razão de resistência encontrados para espinosade, que variaram significativamente de 3,9 a 23,5 vezes. Estes resultados sugerem que aspopulações de A. argillacea avaliadas são ainda particularmente susceptíveis aos inseticidas clorpirifós, endosulfan, abamectina e espinosade, porém há necessidade de monitorar o aparecimento da resistência à estes inseticidas. Quanto à abamectina e espinosade, em geral, os resultados provavelmente se referem a uma variabilidade natural destas populações em relação a estes inseticidas. Referindo-se a deltametrina, quase todas as populações já estão acima de um nível crítico de resistência e, portanto, a introdução de estratégias de manejo de resistência em áreas onde este e outros piretróides são aplicados é aconselhada.