Farmacopéias tradicionais : o papel das plantas medicinais na sua constituição, formação e manutenção em comunidades da Caatinga

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: ALENCAR, Nélson Leal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4907
Resumo: Farmacopéias tradicionais são ―instituições sociais‖ imprescindíveis para a manutenção das sociedades tradicionais. Sua construção e manutenção sofrem influências multifatoriais que variam desde aspectos culturais como construção cultural da sociedade, religião predominante e até estrutura social, além de fatores ambientais como vegetação circundante, sazonalidade climática e disponibilidade de recursos. Durante a história, muitos sistemas médicos foram desenvolvidos por estas sociedades, e estes influenciaram a formação destas farmacopéias direcionando quais critérios seriam mais valiosos na seleção das plantas. Com o contato intercultural, muitas sociedades passaram a incorporar elementos exóticos, estas plantas exóticas, permitiram reformulações em sua composição de espécies para que houvesse uma manutenção das farmacopéias. Com isso, muitas foram as interpretações para a presença maciça destas. A importância de plantas exóticas com uso medicinal tem sido historicamente negligenciada por meio de interpretações simplistas sobre as causas de sua introdução em farmacopéias tradicionais, visto que, poucos são os trabalhos que se preocuparam em apontá-las nas listas etnoflorísticas, apenas desprezado-as nas análises. Muitas vezes, a presença de plantas exóticas em farmacopéias tradicionais é vista como um simples fenômeno de aculturação ou até mesmo como uma erosão de conhecimento.Entretanto, faz-se necessário compreender quais são os eventos da introdução e até mesmo da deleção de plantas medicinais por uma determinada cultura. Sabemos que as plantas exóticas têm uma importante contribuição em farmacopéias de sociedades tradicionais de todo o mundo, sendo talvez o elemento mais abundante. São interesses deste trabalho revisar as diferentes interpretações sobre os aspectos inerentes a construção e preservação de farmacopéias e a presença de plantas exóticas nelas.