Hipótese da aparência na dinâmica do uso de plantas medicinais na Floresta Nacional do Araripe (Ceará, Nordeste do Brasil)
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Botânica |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4713 |
Resumo: | Esta pesquisa foi baseada na análise de uma farmacopéia sob a ótica da hipótese da aparência. Esta hipótese divide as plantas em aparentes e não aparentes, sendo, simplificadamente, as primeiras lenhosas perenes e as segundas herbáceas de ciclo de vida curto. A hipótese da aparência, quando virada para a etnobotánica, propõe uma relação positiva entre a disponibilidade das espécies (usualmente medida por parâmetros fitossociológicos) e o seu valor de uso para as pessoas (calculado por meio de informações etnobotânicas). Na comunidade de Caçimbas, povoado que utiliza recursos vegetais no cerrado da Floresta Nacional do Araripe (FLONA-Araripe) estado do Ceará, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas para obter o inventário das plantas medicinais, seu local de coleta, doenças para as que são indicadas, e calcular seu valor de uso, valor comercial e importância prática. Durante coletas botânicas foi definido o hábito das plantas e também foram caracterizadas em lenhosas e não lenhosas. O hábito herbáceo e as lenhosas tiveram a maior riqueza de etnoespécies, as não lenhosas herbáceas são as de maior valor prático, e as zonas antropogênicas resultaram ser a principal fonte de plantas medicinais; ervas e árvores resultaram igualmente versáteis no tratamento de doenças e não se diferenciaram quanto ao valor de uso. As árvores se destacaram como as de maior importância comercial. Além disso, duas parcelas de vegetação foram realizadas na FLONA para testar a relação entre parâmetros fitossociológicos e o valor de uso e valor comercial das plantas medicinais. O valor de uso e valor comercial não se correlacionaram com a abundancia, freqüência e índice de valor de importância ecológico das plantas medicinais. O presente estudo fornece informação para o desenvolvimento do plano de manejo da Floresta Nacional do Araripe (FLONA-Araripe) indicando como é a dinâmica de uso de plantas medicinais por uma comunidade adjacente, e possibilitando a análise do papel da FLONA no valor cultural e importância prática e comercial das plantas medicinais. Esta pesquisa fornece dados sobre o uso de plantas medicinais no semiárido brasileiro, aportando com informações sobre a aplicação da hipótese da aparência na compreensão da dinâmica de uso desses recursos. |