Intervenção farmacológica sobre o sistema serotoninérgico durante o desenvolvimento testicular pré-natal e neonatal de ratos Wistar utilizando cloridrato de fluoxetina
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5884 |
Resumo: | Atualmente, os inibidores da recaptação seletiva da serotonina (ISRS) são os antidepressivos mais freqüentemente prescritos para o tratamento da depressão, sendo o principal efeito colateral em adultos relacionado às disfunções sexuais. Distúrbios depressivos são comuns tanto durante o período pré-natal quanto nos meses iniciais após o nascimento e a fluoxetina é largamente utilizado no tratamento da depressão neste período. Até o presente momento, nenhum estudo mais pormenorizado sobre a intervenção farmacológica do sistema serotoninérgico durante o período crítico do desenvolvimento testicular em ratos neonatos e os seus reflexos no processo espermatogênico em ratos maturos sexualmente foi realizado. Neste trabalho foram realizados 3 experimentos utilizando cloridrato de fluoxetina. No primeiro experimento foi observado o efeito da administração direta da fluoxetina durante o período pós-natal do desenvolvimento testicular de ratos Wistar porém, com avaliação aos 150 dias de idade. Neste trabalho se observou redução o peso testicular bruto e líquido, volume de túbulos e epitélio seminíferos. O diâmetro tubular foi reduzido nos animais tratados com 20mg/Kg o que gerou aumento no comprimento total de túbulos seminíferos neste grupo. Não foram observadas alterações morfométricas na população de células de Sertoli, produção espermática diária e eficiência do processo espermatogênico. No segundo experimento foram estudados os efeitos da transferência de fluoxetina transplacentária e pelo leite materno sobre o desenvolvimento testicular de ratos Wistar pré-buberes. Neste experimento se observou alterações no desenvolvimento ponderal de peso corporal, em parâmetros volumétricos testiculares e comprimento total de túbulos seminíferos em dosagensmais elevadas de fluoxetina. Notou-se tendência de redução da população total de células de Sertoli por testículo e atraso no aparecimento do lume tubular nos animais expostos a maior dose. No terceiro experimento se utilizou o mesmo protocolo do segundo experimento, porém as análises foram realizadas em animais maturos sexualmente. De acordo com os resultados observados o contato fetal e neonatal com fluoxetina, no período crítico de proliferação das células de Sertoli influenciou no desenvolvimento somático dos animais e ocasionou alterações em parâmetros testiculares, tais como o peso de epidídimo e glândula seminal, volumetria do epitélio seminífero, volumetria total das células de Leydig, comprimento total dos túbulos seminíferos e uma tendência de redução na produção espermática por testículo. Ainda que a fluoxetina tenha interferido na volumetria das células de Leydig, não se constatou alteração nos níveis plasmáticos de testosterona e da espermatogênese. A maior parte das alterações está relacionada ao grupo tratado com a maior dosagem do antidepressivo, 20mg/Kg, inferindo que nessa dosagem a fluoxetina pode, de fato, causar alterações no desenvolvimento somático e do aparelho reprodutivo. |