Aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais da leishmaniose visceral em cães (Canis familiaris) (Linnaeus, 1758) provenientes da zona urbana do município de Bom Jesus- PI e região metropolitana do Recife- PE, Brasil.
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5656 |
Resumo: | A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) no Brasil é causada por Leishmania infantum a qual é relatada em várias regiões. O objetivo desta pesquisafoi verificar aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais da leishmaniose visceral em cães (Canis familiaris) (Linnaeus, 1758) provenientes da zona urbana do município de Bom Jesus – PI e Região Metropolitana de Recife - PE, Brasil. Cães do município de Bom Jesus, Piauí, e do bairro de Muribeca, município de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, Brasil, foram submetidos à coleta de sangue e investigados quanto aos sinais clínicos relacionados à Leishmaniose Visceral Canina. Os soros foram analisados pelo teste ELISA para anticorpos anti-Leishmania infantum, para determinar a frequência de animais sororreagentes nas duas localidades acimas citadas. No bairro de Muribeca de acordo com a sorologia, para os cães positivos foram atribuídas coordenadas através da utilização de um GPS portátil. Os pontos foram registrados no município e analisados no ArcGIS, utilizando-se a “Correlação Espacial de Moran’s", para distinguir agrupamento com base nas variáveis da vegetação e hidrologia. Foi realizada a avaliação imuno-histoquímica e histopatológica de fragmentos de bexiga urinária de cães adultos naturalmente infectados por L. infantum da região metropolitana de Recife. No inquérito sorológico de Bom Jesus – PI, de 206 amostras de soro examinadas, 42,23% foram positivas ao ELISA. Não houve diferença significativa entre cães sintomáticos e assintomáticos. Em Muribeca, no município de Jaboatão dos Guararapes, de 159 cães, 50,3% foram positivos ao ELISA, não havendo diferença significativa em relação à raça e sexo, porém com frequência significativamente mais elevada nos animais assintomáticos. Predominaram dentre os animais positivos as dermatopatias. Por outro lado, as correlações entre todos os pontos e fatores ambientais, tipo de vegetação e hidrologia, que foram agrupados não apresentaram relação. Na avaliação imuno-histoquímica e histopatológica de amostras de bexiga urinária e de rins de 25 cães da região metropolitana de Recife, positivos para L.infantum, 32% das amostras de bexiga e 8% das amostras de rins demonstraram a imunomarcação de formas amastigotas de L. infantum. A cistite esteve presente em 36% das amostras e as alterações histopatológicas renais mais encontradas foram glomerulonefrite membranoproliferativa e nefrite intersticial. Conclui-se que a frequência de animais sorologicamente positivos em ambas as localidades de estudo é alta e que o método de imuno-histoquímica é superior ao exame histopatológico para a detecção de formas amastigotas em diferentes amostras de rins e bexiga urinária de cães com infecção natural por L. infantum, sendo este o primeiro relato em bexiga urinária. |