Aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais de cães sororreagentes para leishmaniose visceral, em foco de transmissão no Distrito Federal-DF, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ribeiro, Cássio Ricardo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/101237
Resumo: A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma antropozoonose de distribuição cosmopolita. No Brasil, é causada pela Leishmania (Leishmania) chagasi, que tem flebotomíneos da espécie Lutzomyia longipalpis como vetores e grande variedade de mamíferos, inclusive pessoas, como hospedeiros. As infecções mais comuns ocorrem em mamíferos silvestres; em áreas urbanas e periurbanas, o cão é o hospedeiro de maior importância epidemiológica. Assim, o objetivo do estudo foi verificar aspectos clínicos e epidemiológicos, e avaliar a bioquímica sérica, inclusive proteínas de fase aguda, em proteinograma em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE), de 120 cães de região periurbana com foco de transmissão no Distrito Federal. Sessenta cães eram sororreagentes e sessenta animais não eram reagentes à reação de imunofluorescência indireta (RIFI) para LVC. A soroprevalência observada foi de 24,5%, sendo animais assintomáticos a maioria entre os cães sororreagentes ou não-reagentes à RIFI para LVC. Nos animais sororreagentes oligossintomáticos, os sinais clínicos mais evidentes foram lesões cutâneas (primárias e secundárias), inclusive alopecia de nariz e/ou orelhas. As médias das concentrações séricas de uréia, creatinina, colesterol, cálcio, fósforo, magnésio e das atividades de AST, ALT, ALP e GGT situaram-se na faixa de normalidade para a espécie canina. Os teores séricos de colesterol e de HDL foram inferiores e as concentrações séricas de proteínas totais e imunoglobulinas foram mais elevadas em cães sororreagentes à RIFI. Notou-se uma proteína de peso molecular 33 kDa em cães sororreagentes à RIFI, não constatada em cães soronegativos. Ainda, em animais sororreagentes, evidenciaram-se teores séricos superiores embora não significativos, mas com provável importância biológica das proteínas de fase aguda ceruloplasmina, transferrina, haptoglobina e glicoproteína ácida.