Ictiofauna estuarina do Nordeste do Brasil: variabilidade espacial e indicadores funcionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LIMA, Rayssa Rayanna Salvador de Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Pesca e Aquicultura
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Aquicultura
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9569
Resumo: As zonas costeiras são áreas que possuem importantes funções ecológicas e servem de ligação entre os ecossistemas marinhos e terrestres. Esta peculiaridade se deve a inúmeras características, tais como variabilidade da salinidade, suporte à reprodução das espécies, e diversidade de fontes para alimentação e elevada disponibilidade de nutrientes, tornando-as ambientes complexos e de extrema importância para o ciclo de vida de espécies marinhas. Dentre os ecossistemas costeiros tropicais, os estuários e seus manguezais são áreas dinâmicas que desempenham distintos papeis, seja para pesca, turismo, local de proteção contra enchentes e tempestades, além de servir como fonte de renda e de alimento para diversas famílias de pescadores. A diversidade das espécies pode variar em uma escala local ou entre regiões, em uma escala geográfica. Aspectos físicos e biológicos podem influenciar nesses padrões de diversidade de espécies assim como a interação entre os seus componentes, causando diferenças dentro e entre as comunidades. Várias ferramentas podem ser utilizadas para se compreender os padrões de distribuição das espécies e seu funcionamento. Apesar da existência de estudos voltados sobre a biodiversidade da ictiofauna estuarina do Brasil, estes são geralmente pontuais e em reduzido número na região nordeste, não refletindo a quantidade de ambientes estuarinos ao longo do litoral da região, indicando uma deficiência no conhecimento da composição ictiofaunística dos mesmos. Este trabalho tem o objetivo geral de compreender os padrões geográficos da ictiofauna estuarina do Nordeste do Brasil, através do conhecimento dos aspectos estruturais das assembleias e índices funcionais. O primeiro capítulo fornece uma síntese das informações sobre a ictiofauna estuarina de seis dos mais importantes estuários de Pernambuco baseado em coletas entre os anos de 2000 e 2018 correlacionando com dados abióticos, totalizando 198 espécies de peixes. Dentre estas espécies, 80% foram caracterizados como marinhas migrantes e visitantes e 70% como zoobentívoros e piscívoros. O segundo capítulo fornece uma síntese das informações disponíveis sobre a ictiofauna estuarina do Nordeste do Brasil, identificando e caracterizando padrões geográficos, também analisando as similaridades taxonômicas entre os 45 estuários estudados, totalizando 339 espécies de peixes. Espécies marinhas migrantes e visitantes foram 77% do número total de espécies e 72% foram consideradas zoobentívoras e piscívoras. Em ambos os artigos, cada espécie foi designada dentro das categorias da lista de espécies ameaçadas de extinção a nível regional (ICMbio) e/ou internacional (IUCN).