Ciclo reprodutivo dos machos de Myotis lavali e Molossus molossus (Mammalia: Chiroptera) em um fragmento de mata atlântica, nordeste do Brasil
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Biociência Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7244 |
Resumo: | Os morcegos apresentam aspectos reprodutivos peculiares que evoluíram a fim de se ajustar as diferentes condições ambientais e climáticas, e um dos critérios para o conhecimento da reprodução é a morfofisiologia testicular e epididimária. Molossus molossus e Myotis lavali são espécies de morcegos insetívoros, e os estudos referentes a biologia reprodutiva são escassos, principalmente no Nordeste do Brasil. Assim, analisou-se a histomorfometria testicular e epididimária, assim como os níveis de testosterona de M. molossus e M. lavali em um fragmento de Mata Atlântica localizado entre os Municípios de Tamandaré e Rio Formoso-PE. Um total de 23 machos adultos foi selecionado para M. molossus, sendo 10 em meses secos e 13 para meses chuvosos. Ao passo que foram utilizados 34 machos adultos para M. lavali, sendo 22 em meses secos e 12 em meses chuvosos. Após anestesia, as amostras de sangue foram coletadas para a dosagem de testosterona. Os testículos e epidídimos foram removidos e fixados em formal 10% tamponado, e posteriormente submetidos à técnica histológica de rotina. Para o testículo, os seguintes parâmetros histomorfométricos foram avaliados: a área tubular, área intertubular, quantificação dos espermatócitos, espermátides (arredondadas e alongadas), células de Sertoli e células de Leydig, enquanto que no epidídimo: as áreas tubular, luminal e epitelial da cabeça, corpo e cauda. Os resultados indicaram que M. molossus apresentou maiores médias para a área tubular, intertubular, espermátides (arredondadas e alongadas), células de Leydig e níveis de testosterona. No epidídimo, as áreas tubular, luminal e epitelial foram maiores em meses chuvosos. Ao passo que M. lavali na estação chuvosa exibiu um aumento nas áreas tubular e intertubular, nas espermátides alongadas, células de Sertoli, células de Leydig e nos níveis de testosterona, assim como na área tubular, luminal e epitelial da cabeça e cauda do epidídimo. Fisiologicamente, os machos das duas espécies têm um alto investimento nas etapas finais da espermatogênese e na concentração de testosterona. Atrelado a isso, nota-se uma maior capacidade de comportar os espermatozoides na região da cauda do epidídimo, que se relaciona a estratégia reprodutiva desenvolvida pelos morcegos para a estocagem. Embora as duas espécies apresentem um ciclo espermatogênico contínuo, nota-se que ajustam a reprodução para os meses chuvosos. |