Morcegos (Mammalia, Chiroptera) em refúgios diurnos artificiais na região Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Almeida, Theany Cecilia Biavatti lattes
Orientador(a): Esbérard, Carlos Eduardo Lustosa lattes
Banca de defesa: Ortêncio Filho, Henrique, Lima, Isaac Passos, Silva, Hélio Ricardo da, Pessôa, Leila Maria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10813
Resumo: Ambientes urbanizados apresentam diversas construções que podem ser utilizadas como refúgio por quirópteros. Refúgios são fundamentais para o desenvolvimento dos morcegos e para que ocorram interações sociais entre os membros das colônias, além de serem utilizados como abrigos contra predadores e para descanso. O presente trabalho teve como objetivo geral estudar morcegos que utilizam construções na região sudeste do Brasil, dando ênfase ao estado do Rio de Janeiro. No primeiro capítulo foi realizada uma revisão bibliográfica com objetivo de atualizar os registros de espécies que utilizam construções durante o dia no estado do Rio de Janeiro, elaborar uma lista dessas ocorrências para o sudeste do Brasil e verificar quais espécies coabitam. Foi possível identificar a ocorrência de 37 espécies utilizando construções na região, onde 24 delas coabitam. Além disso, esse estudo permitiu a identificação dos estados do Espírito Santo e do Rio de Janeiro como os que apresentam menor e maior número de amostragens em abrigos artificiais de morcegos, respectivamente. O segundo capítulo teve como objetivo geral o estudo de morcegos da espécie Molossus molossus que utilizam residências da Ilha da Marambaia, Rio de Janeiro, Brasil, como refúgio e analisar algumas características abióticas desses refúgios. Um total de 28 residências foi estudado entre março de 2012 e fevereiro de 2013, com a realização de uma a três amostragens em cada uma das residências. Foram utilizadas redes de neblina e armadilhas, com objetivo de comparar a eficiência das duas metodologias. Fatores como tamanho, luminosidade, número de acessos e temperatura interna dos forros das residências utilizadas como abrigo foram verificadas com objetivo de identificar a existência de padrão nos abrigos com maior número de indivíduos da espécie estudada. Deslocamentos de indivíduos entre os refúgios e o horário das capturas foram analisados. Não houve relação entre o número de deslocamentos e a densidade de indivíduos do refúgio, assim como não houve padrão nas características das casas ocupadas por maior ou por menor número de indivíduos da espécie. Sendo assim, outros fatores devem ser analisados para que as causas das ocupações e dos deslocamentos sejam identificados, como a umidade e a quantidade de guano no interior dos refúgios. Em refúgios com grande número de acessos, redes de neblina são mais eficientes na captura de M. molossus. Em abrigos com poucos acessos a armadilha é eficiente além de apresentar como vantagens o menor custo e a maior durabilidade. Os indivíduos de M. molossus apresentaram pico de atividade crepuscular e não apresentaram diferença no horário de atividade em relação às características da lua. O estudo contínuo em construções utilizadas por morcegos como refúgio é importante por permitir maiores conhecimentos sobre esses locais e sobre a biologia desses animais, o que permite o manejo adequado dos quirópteros em ambientes antropizados.