Deposição,composição química e decomposição de liteira em um bosque de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth) , Itambé-PE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: FREIRE, Joelma de Lira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Zootecnia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6794
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a deposição, composição química e decomposição de liteira em um bosque de sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth). O experimento foi realizado na Estação Experimental de Itambé-IPA. A avaliação de liteira existente e depositada foi realizada no período de agosto de 2006 a julho de 2007 a cada 28 dias. Foram utilizados 20 quadrados com 1m2, em pontos aleatórios a cada avaliação. Para avaliação da decomposição de liteira, foram utilizadas bolsas de “nylon”, sendo incubadas as seguintes frações: folhas recém-caídas, folhas senescentes já depositadas e no início da mineralização e ramos. Os tempos de incubação foram 0, 4, 8, 16, 32, 64, 100 e 256 dias, sendo o mesmo procedimento realizado em 2006 e 2007. Os tratamentos foram distribuídos em delineamento de blocos ao acaso com 5 repetições. A deposição de folhas atingiu valor de 15.167 kg MO/ha, tendo maior deposição no período chuvoso. As folhas representaram a maior contribuição na deposição de liteira, com proporção média de 87% predominando na maioria das avaliações. Os ramos e folhas apresentaram teores médios de nitrogênio de 1,4% e 2,7% respectivamente, demonstrando assim que as folhas foram os principais contribuintes de nutrientes da liteira. A relação C/N de folhas ficou abaixo de 30; os ramos apresentaramrelação mais elevada entre 30 e 40, favorecendo assim a imobilização de nitrogênio pelos microorganismos do solo. A relação entre a deposição e o acúmulo de liteira no último mês de avaliação foi de 0,30 indicando assim que houve maior acúmulo do que deposição. No ensaio de decomposição, os ramos apresentaram taxa de mineralização menor que as folhas tanto para biomassa total como para nitrogênio, tendo as decomposições de folhas e ramos variando de acordo com os períodos de incubação. A decomposição dos substratos foi influenciada pela quantidade de chuvas ocorridas ao longo do período de avaliação. De maneira geral, conclui-se que o componente liteira é essencial no processo de reciclagem de nutrientes em um bosque de sabiá, todavia a mineralização ocorre a taxas relativamente lentas, sendo esse fato relevante na redução de perdas de nutrientes por lixiviação, contribuindo para a manutenção desse sistema