Marcadores tumorais séricos e expressão gênica de receptores hormonais em neoplasias mamárias caninas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: ARAÚJO, Priscilla Bartolomeu de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7170
Resumo: Objetivou-se realizar um estudo clínico e histopatológico e investigar os níveis séricos de estradiol, progesterona e prolactina, e a expressão gênica dos receptores de estrógeno α e β, e de progesterona em cadelas portadoras de tumores mamários. Foram utilizadas 60 cadelas de diferentes idades e raças, sendo 30 cadelas portadoras de neoplasias mamárias e 30 cadelas hígidas. Fragmentos do tumor foram coletados para realização do exame histopatológico, e para investigação da expressão gênica dos receptores hormonais. Coletou-se ainda amostras de soro para realização das dosagens hormonais séricas e de Ca15.3. As neoplasias malignas foram mais frequentes (76,7%), destacando-se o carcinossarcoma (36,7%). A frequência dos tumores benignos foi de 23,3%. As neoplasias mamárias foram em sua maioria múltiplas, maiores que 5 cm, localizadas nas mamas abdominais. Os tutores relataram que 56,7% das cadelas não apresentaram sinais de pseudociese, 63,3% não haviam passado por gestação anterior, 76,7% não haviam feito uso de anticoncepcionais, e 90% não haviam sido castradas. Quanto às dosagens séricas do marcador Ca15.3 não foi encontrada diferença quando comparadas as cadelas portadoras de neoplasias e cadelas hígidas, ou quando comparados os demais grupos. As cadelas portadoras de neoplasias malignas apresentaram maiores níveis de estradiol e menores níveis de prolactina. Tanto os tumores malignos como os benignos expressaram receptores hormonais, não havendo diferença na expressão entre eles ou entre os outros fatores prognósticos. Os níveis séricos de estradiol aumentaram significativamente com o estadiamento clínico da doença. Verificou-se também moderada correlação negativa entre os níveis séricos de estradiol e prolactina. Conclui-se que a influência hormonal é evidente nos casos de neoplasias mamárias caninas, sobretudo dos estrógenos, que parecem estar mais associados às características de malignidade. Soma-se ainda a presença dos receptores hormonais, mesmo em tipos tumorais distintos, o que pode propor a utilização da terapia hormonal como alternativa. Já a dosagem de Ca15.3 não mostrou resultados que tornassem possível sua utilização como ferramenta para acompanhamento e avaliação das pacientes.