Análise de condrocrânio de Rhizoprionodon porosus (Poey, 1861) da costa nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: LUCENA, Leandro Ricardo Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Estatística e Informática
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biometria e Estatística Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5144
Resumo: O gênero Rhizoprionodon (Whitley, 1929) compreende sete espécies distribuídas pelos oceanos Atlântico, Pacífico e Índico. No Brasil ocorrem duas espécies, o Rhizoprionodon porosus (Poey, 1861) e o lalandi (Valenciennes, 1839). O uso de técnicas morfométricas distintas da abordagem que utiliza proporções corporais, geralmente utilizadas em taxonomia, encontra limitações para esse grupo devido à falta nos elasmobrânquios de marcos anatômicos, propriamente ditos. Assim, no presente estudo será analisado o condrocrânio que é uma estrutura considerada espécie-especifica que apresenta forma angulosa, localizado na base do crânio que sustenta o encéfalo e serve para sua proteção. O estudo tem por objetivo verificar a hipótese sugerida na literatura de duas populações da espécie R. porosus na costa do Brasil (Lessa et al. 2011; Lessa, 2003). Uma delas corresponderia à costa setentrional do Nordeste (RN) e a outra à costa oriental desta região (PE). Para tanto, se realizou um estudo morfométrico comparativo do condrocrânio de R. porosus entre as regiões mencionadas utilizando-se para isso os métodos de análise multivariada. Em todas as análises verificou-se diferenças tanto para a fase adulta quanto para a fase juvenil em relação às regiões de captura. Na análise de discriminantes e no k-means obteve-se uma taxa de acerto de 100,0% na classificação dos condrocrânios. Não existe diferença do condrocrânio em relação ao sexo independente da região de captura. As variáveis que caracterizaram as diferenças entre as populações foram: a distância entre as fenestras rostral e baserostral, a distância entre a fenestra rostral e as cartilagens lateral rostral esquerda e direita e a distância entre a fossa pariental e a fontanela anterior, sendo que exemplares de R. porosus do RN apresentaram distâncias maiores. Verificou-se de fato diferença entre os condrocrânios de PE e RN nas fases adulta e juvenil. Esses resultados estão em conformidade com o padrão recentemente sugerido na literatura que indica duas populações na costa nordeste do Brasil.