Variação intraespecífica, conhecimento e manejo local de mandioca, Manihot esculenta Crantz, no semiárido de Pernambuco, Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SANTOS, Mirela Natália
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7263
Resumo: Agricultores de pequena escala que praticam agricultura de modo tradicional em roças desempenham um importante papel na geração, manutenção e conservação da agrobiodiversidade local. Dentre as espécies mais cultivadas em roças, a Manihot esculenta Crantz (mandioca), em sua diversidade intrespecífica, é um dos recursos agrícolas de maior importância econômica e de subsistência para diversas populações locais no mundo. Acredita-se que as práticas de manejo dedicadas ao cultivo da mandioca, associadas ao conhecimento de agricultores, resultam no aumento da diversidade intraespecífica, assim como na conservação dessa diversidade. Diante disso, a pesquisa teve como objetivo compreender os processos envolvidos na dinâmica da diversidade agrícola da mandioca, por meio do acesso ao conhecimento dos agricultores quanto as práticas de menejo e entender quais fatores podem estar relacionados a geração e manutenção da diversidade local. Para isso, o estudo foi desenvolvido junto a agricultores tradicionais de sete comunidades rurais, localizadas na região semiárida do estado de Pernambuco. A abordagem metodológica foi baseada em entrevistas semiestruturadas, conversas com os informantes e visitas aos roçados, para caracterizar e compreender a importância manejo da agricultura de sequeiro e das redes sociais estabelecidas entre os agricultores, bem como identificar as variedades de mandioca atualmente cultivadas. A partir do conhecimento da diversidade manejada, analisamos a estrutura da rede de interação social formada pelas trocas de etnovariedades entre os agricultores. A partir destas informações, discutimos sobre o importante papel dos agricultores na manutenção do conjunto de etnovariedades regionais. Um total de 22 etnovariedades foram citadas, as quais são identificadas pelos agricultores, principalmente, por meio de sete caracteres morfológicos. A estrutura em redes de trocas de variedades favorece a manutenção e amplificação das diferentes variedades locais.