Comunidade zooplanctônica de reservatórios expostos a diferentes graus de urbanização no Nordeste do Brasil
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ecologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8255 |
Resumo: | A influência dos diferentes tipos de uso e ocupação do solo depreciam a qualidade da água no entorno dos corpos hídricos. Tais usos podem acarretar mudanças nas variáveis química e física da água e consequentemente na estrutura da comunidade aquática modificando a diversidade, riqueza e composição zooplanctônica. Com a finalidade de testar se i. a biodiversidade zooplanctônica de reservatórios tropicais são afetados negativamente por modificações antrópicas quanto ao uso do solo; ii. Se os efeitos da eutrofização e poluição orgânica alteram a composição zooplanctônica em reservatórios de áreas tropicais. Para isto, foram selecionados seis reservatórios na zona da mata norte de Pernambuco, sendo três com maior influência da urbanização e três situados em zonas rurais com menor influência. Foram realizadas coletas em 12 pontos situados na zona limnética de cada reservatório. As amostras foram obtidas através da filtração de 100L de água da subsuperfície, através de uma rede de plâncton (45 μm). Para definir os tipos de uso do solo foram feitas classificações através do mapeamento do entorno dos ambientes aquáticos com delimitação de 500m e os tipos de uso do solo foram Área desflorestada, Área florestada e Monocultura. Foram registrados 108 táxons zooplanctônicos, sendo 59 de Rotifera, 41 de Cladocera e 12 de Copepoda. Os seis ambientes estudados apresentam riquezas e diversidade diferentes (p<0,05). A maior riqueza (S = 46 espécies) foi registrada no entorno do reservatório mais preenchido por vegetação nativa e a maior diversidade foi registrada para os reservatórios mais impactados por desmatamento (H= 8.644). Os reservatórios são diferentes um do outro, quanto aos descritores ambientais (clorofila a, fósforo, pH, condutividade, turbidez, transparência, oxigênio dissolvido, e sólidos totais), destes, quatro (Carpina, Goitá, Guararema e Tapacurá) foram descritos como hipereutróficos e dois (Cursai e Siriji) como oligotróficos. Foram verificadas diferenças significativas nas estruturas das comunidades zooplanctônica entre os reservatórios (PERMANOVA: F= 32.598; P= 0,001). Os oligotróficos apresentaram uma dominância de microcrustáceos enquanto que os hipereutróficos apresentaram uma comunidade com maior predominância de rotífera (RDA, p < 0.05) As hipóteses de que a diversidade zooplanctônica é afetada pelo uso e ocupação do solo e que os efeitos da eutrofização alteram a estrutura da comunidade zooplanctônica foram aceitas. Dessa forma os reservatórios podem ser utilizados como modelo para ajudar a revelar como a diversidade de espécies é afetada pela configuração da paisagem. |