Intoxicação por Amorimia septentrionalis (Malpighiaceae) em bovinos no agreste de Pernambuco e Paraíba e intoxicação por Ricinus communis (Euphorbiaceae) em bovinos no agreste da Paraíba

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: ALBUQUERQUE, Samuel Salgado Cavalcanti de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8619
Resumo: Relatam-se a epidemiologia, os sinais clínicos e patológicos de surtos intoxicações de bovinos por Amorimia septentrionalis no Agreste de Pernambuco e da Paraíba e por Ricinus communis no Agreste do Estado da Paraíba. Para estudo dos casos realizaram-se visitas técnicas a diversas propriedades dos Municípios de Passira e Limoeiro na Microrregião do Médio Capibaribe, PE; e Salgado de São Félix e Itabaiana na Microrregião de Itabaiana, PB. Os bovinos intoxicados por A. septentrionalis foram examinados, eutanasiados e necropsiados. Nos casos de intoxicação por A. septentrionalis, os sinais clínicos foram semelhantes a outras intoxicações por plantas que contém ácido monofluoracético (MFA). Na necropsia, observou-se edema pulmonar e o coração de aspecto globoso. Microscopicamente, essas lesões estavam associadas à presença de infiltrado inflamatório intersticial mononuclear e áreas multifocais de fibrose. Os animais intoxicados por R. communis apresentavam-se acentuadamente magros, desidratados, pêlos quebradiços e eriçados, e apresentavam a região perianal e parte dos membros posteriores recobertas por fezes de odor fétido e de coloração castanha-enegrecida. Verificou-se que os animais apresentavam acidose ruminal (pH 5,5) e diminuição da atividade de redução do azul de metileno, da densidade e da motilidade da microfauna do rúmen. A patologia clínica revelou anemia normocítica normocrômica e discreto aumento dos valores das proteínas plasmáticas totais e leucocitose por neutrofilia. Os bovinos intoxicados por R. communis, que apresentaram grave quadro clínico de gastroenterite foram necropsiados após morrerem naturalmente. Os achados necroscópicos consistiram em hemopericárdio, hemotórax, edema pulmonar, hemorragias petequiais no epicárdio e endocárdio e equimoses nos músculos papilares. Microscopicamente, as lesões consistiram em, principalmente, necrose coagulativa multifocal do miocárdio com infiltrado mononuclear e diferentes graus de hemorragia entre as fibras musculares cardíacas.