Análise de tendências de índices de mudanças climáticas na precipitação do estado de Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: GOMES, Vanessa Karoline Inacio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Estatística e Informática
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biometria e Estatística Aplicada
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9731
Resumo: Numerosos estudos mostram que o aumento da temperatura média do planeta faz com que o ciclo hidrológico se intensifique. Isso poderia ocasionar mudanças nos padrões de chuva, como o aumento da frequência e intensidade de eventos extremos resultando em secas severas e prolongadas em algumas localidades e chuvas excessivas em outras, o que impactaria significativamente a disponibilidade hidrológica de uma região e a qualidade de vida de seus habitantes. Desta forma, se faz necessário estudar a variabilidade e os impactos das mudanças climáticas, possibilitando um melhor conhecimento climático da área para direcionar ações de adaptação e mitigação a essas condições climáticas. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou analisar as tendências e magnitudes de 11 índices climáticos extremos recomendados pela Expert Team on Climate Change Detection Monitoring and Indices para o estado de Pernambuco. Para isso, foram utilizados 809 pontos de grade, os quais contém informações a respeito da chuva diária no período de 1961 a 2020 e foram empregados três métodos não paramétricos: o teste de Mann-Kendall para detecção de tendências, o sen’s slope para estimativa da magnitude da tendência e o teste de Mann-Whitney-Wilcoxon para avaliar se existem diferenças significativas nos valores dos índices de cada região de Pernambuco: Zona da Mata, Agreste e Sertão. Além disso, foi utilizado o interpolador Inverse Distance Weighting para realizar a análise espacial da precipitação e dos índices climáticos. Os resultados indicaram uma intensificação da seca em grande parte do estado, com reduções significativas da precipitação total anual, dos dias consecutivos úmidos e aumento dos dias consecutivos secos. As tendências evidenciaram a aceleração no processo de desertificação da região do Sertão, que faz parte do semiárido do Nordeste e já sofre com chuvas escassas e mal distribuídas. Em relação a Zona da Mata, os índices de chuvas extremas apresentaram aumentos significativos, alertando para os desastres naturais que acometem esta região. Já a região Agreste apresentou resultados semelhantes a Zona da Mata, com menor intensidade. Com base nos resultados obtidos é possível inferir que a área de estudo tende a se tornar mais seca, com as chuvas cada vez mais concentradas em períodos de tempo mais curtos, e os períodos de seca intercalados entre esses eventos de chuva estão se tornando mais longos.