As crianças de candomblé e a escola : pensando sobre o racismo religioso
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
UFRPE - FUNDAJ Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação Associado em Educação, Culturas e Identidades |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8266 |
Resumo: | A presente pesquisa intitulada “As Crianças de Candomblé e a Escola: Pensando sobre o Racismo Religioso” teve como propósito compreender as consequências do racismo religioso no ambiente escolar para as crianças de candomblé. Pretendemos ainda identificar os ideais eurocêntricos-cristãos geradores da discriminação religiosa com crianças candomblecistas, analisar os principais elementos do candomblé que mais recebem interpretações negativas oriundas de outros segmentos religiosos e analisar como as crianças de terreiro vivenciam sua identidade religiosa diante dessa problemática na escola. Utilizamos como aporte teórico estudos que possuem filiação com as pesquisas sobre racismo religioso, candomblé e identidade religiosa. Metodologicamente, utilizamos a abordagem qualitativa na perspectiva sócio-histórica e cultural, com características de estudo exploratório e explicativo. O método utilizado foi a observação participante. As técnicas utilizadas no trabalho de campo foram a observação participante e a entrevista semi-estruturada. Os instrumentos utilizados foram: diário de campo, máquina fotográfica e gravador. A coleta de dados foi realizada dentro de um terreiro de candomblé de nação jeje-nagô e em duas escolas: uma pública e outra privada. Os resultados foram analisados tendo como base o referencial teórico utilizado e a teoria da análise crítica do discurso dos linguístas Norman Fairclough e Teun Van Dijk. Os resultados nos permitem inferir que a discriminação religiosa na escola repercute na subjetividade de crianças candomblecistas, que esse fenômeno necessita ser estudado numa perspectiva da interseccionalidade, pois percebemos serem múltiplos os fatores que agravam essa problemática; não só no que diz respeito à condição religiosa, mas também aos aspectos classe, raça, grau de escolaridade, gênero, nível socioeconômico e contexto familiar. Na verdade, terreiro, família e escola precisam dialogar mais para atenuar os efeitos do racismo religioso nas subjetividades das crianças de candomblé. |