Relações florísticas e estruturais entre fragmentos de florestas secas e úmidas (Floresta Atlântica), Nordeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: LOPES, Clarissa Gomes Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Botânica
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/4746
Resumo: A Floresta Atlântica tem sido objeto de vários estudos florísticos e fitossociológicos em Pernambuco. Entretanto, as diferenças entre condições mais seca e úmida dentro de um mesmo domínio florístico e em áreas próximas ainda não foram quantificadas para o estado. Este trabalho tem por objetivo identificar as diferenças fisionômicas e estruturais entre dois fragmentos, um de mata úmida e outro de mata seca, verificar as afinidades florísticas entre os tipos de Floresta Atlântica do Nordeste, avaliar através do registro de ocorrência se há um grupo de espécies características de mata seca. O fragmento remanescente de mata úmida localiza-se no município de São Vicente Férrer (7° 37’S e 35° 28’W) e o de mata seca no município de Aliança (7° 38’S e 35° 14’W). Em cada área, foram instaladas 50 parcelas de 10 X 20 m e todos os indivíduos vivos com perímetro do caule à altura do peito (PAP) maior ou igual a 15 cm foram incluídos. As coletas do material botânico ocorreram mensalmente, de maio/2005 a outubro/2006. Com base em uma matriz de presença/ausência das espécies de 39 listas florísticas de trabalhos quantitativos e qualitativos de áreas da Floresta Atlântica nordestina, realizaram-se análises de similaridades, de ordenação de componentes principais e TWINSPAN. Os valores de densidade total (1390 ind.h-1) e de área basal total (29,9 m2.ha-1) na mata úmida foram maiores que na mata seca (649 ind.ha-1 e 18,7 m2.ha-1). Os indivíduos da mata úmida tiveram um maior investimento em altura, enquanto na mata seca em diâmetro. Houve diferenças também nas famílias estruturalmente importantes: na mata úmida foram Clusiaceae, Moraceae, Myristicaceae e Sapotaceae e na mata seca foram Sterculiaceae, Fabaceae, Bignoniaceae e Moraceae. Os conjuntos de famílias e espécies estruturalmente importantes das duas matas são distintos, influenciando no padrão fisionômico encontrado em cada mata. As análises de similaridade, TWINSPAN e ordenação foram consistentes nas indicações dos grupos florísticos. As duas áreas de mata seca apresentam-se floristicamente distinta do conjunto de áreas analisadas de Pernambuco e formam, portanto, um grupo florístico diferenciado das florestas úmidas. Das 14 espécies analisadas quanto ao padrão de distribuição, 10 foram registradas exclusivamente na mata seca pernambucana. A composição florística, a estrutura e a fisionomia das matas estudadas são bastante distintas.