Briófitas em um fragmento de floresta seca no nordeste do Brasil: Florística, distribuição e filtragem de habitat

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Evyllen Rita Fernandes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual da Paraíba
Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa - PRPGP
Brasil
UEPB
Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação - PPGEC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/handle/tede/4016
Resumo: As Florestas Tropicais Sazonalmente Secas são moldadas pela estacionalidade climática sendo consideradas, no nordeste do Brasil, áreas de transição entre a Caatinga arbustiva arbórea e a Floresta Atlântica úmida litorânea. No intuito de aumentar o conhecimento sobre os preditores que influenciam na estruturação da brioflora em um fragmento de Floresta Tropical Sazonalmente Seca, o presente estudo foi divido em dois capítulos: o primeiro com objetivo de inventariar as espécies de briófitas neste fragmento de FTSS; e o segundo procurou contribuir com o conhecimento da influência do componente arbóreo, sobre a distribuição, composição e estrutura da comunidade de briófitas no mesmo fragmento. Para o primeiro capítulo foram registrados 37 espécies, 19 musgos e 18 hepáticas, distribuídos em 14 famílias, com 11 novos registros para o estado da Paraíba e um para a região nordeste do país; a comunidade apresentou uma diversidade de traços adaptativos e formas de vida que lhes permitem sobreviver a estação seca, com espécies frequentemente encontradas em vegetação de Caatinga. Para o segundo capítulo foram registradas 18 espécies de musgos epífitos distribuídos em dez famílias. A comunidade arbórea está distribuída de modo a formar dois grupos distintos de acordo com a textura do solo e os musgos epífitos seguem o mesmo padrão de distribuição, influenciados principalmente pela deciduidade foliar do componente arbóreo e rugosidade do tronco, com o grupo 1 apresentando espécies com características adaptativas mais tolerantes à dessecação e o grupo 2, musgos com reprodução assexuada marcante. Por possuir uma marcante dependência do ambiente imediato, e suscetíveis a perda de biodiversidade devido ao aquecimento global, o conhecimento florístico e ecológico são relevantes para a compreensão de comunidades que habitam um ambiente de transição e que sofre com a estacionalidade, podendo vir a ser um modelo de como as mudanças ambientais podem influenciar a estrutura e distribuição da brioflora.