Dinâmica da regeneração natural em sub-bosque de Eucalyptus saligna Smith. e Pinus caribaea Morelet. var. caribaea na Reserva Biológica de Saltinho, Tamandaré – PE.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: LOPES, Izabela Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Ciência Florestal
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5503
Resumo: O estudo da dinâmica possibilita avaliar as mudanças estruturais da vegetação, necessárias para a aplicação do manejo florestal. Este trabalho é composto de revisão de literatura e dois capítulos que tiveram objetivo de identificar e quantificar a dinâmica da regeneração natural das espécies arbustivo-arbóreas ocorrentes no sub-bosque dos povoamentos das espécies Eucalyptus saligna e Pinus caribaea na Rebio de Saltinho, PE. Considerou-se neste estudo, medições realizadas em 2007. Para o sub-bosque do povoamento de E. saligna e P. caribaea, foram medidas as espécies regenerantes de 10 parcelas permanentes 1 x 50 m e incluídos os indivíduos com circunferência na base a 30 cm do solo (CAB 0,30m) ≤ 15 cm e altura superior a um metro. Os indivíduos foram distribuídos em três classes de altura. Para cada espécie foram calculados os parâmetros fitossociológicos, classificada a síndrome de dispersão e categoria sucessional e os parâmetros de dinâmica para os regenerantes como um todo, e separadamente para cada espécie. Foram calculados os índices de Shannon (H’) e a equabilidade (J’) por Pielou. O total de famílias nos levantamentos, de 2007 e 2012, foi de 23 e 26 para o sub-bosque do povoameno de E. saligna, e 33 e 30 para o de P. caribaea, respectivamente. Melastomataceae apresentou maior riqueza nos dois povoamentos e nos levantamentos. No sub-bosque de E. saligna foram identificadas 39 espécies em 2007 e 40 espécies em 2012, das quais Erythroxylum mucronatum em ambos levantamentos teve o maior número de indivíduos, densidade relativa e valor de importância (VI). No sub-bosque de P. caribaea foram identificadas 54 espécies em 2007 e 45 espécies em 2012, das quais Protium heptaphyllum em 2012 teve maior número de indivíduos e (VI). Em todos os levantamentos a síndrome de dispersão predominante foi a Zoocórica e a categoria sucessional predominante foi secundária inicial. Quanto à diversidade, no sub-bosque de E. saligna, o índice de Shanon (H’) passou de 2,87 nats.ind.-1 em 2007 para 3,01 nats.ind.-1em 2012; e a equabilidade (J’) passou de 0,78 para 0,81, no mesmo período. Para o sub-bosque dos P. caribaea o H’ passou de 3,32 nats.ind.-1 em 2007 para 3,07 nats.ind.-1em 2012, e a J’ de 0,85 a 0,62 no mesmo período, havendo decréscimo tanto para a diversidade, quanto para a distribuição. No sub-bosque de E. saligna os regenerantes tiveram 62,25% de sobrevivência e 37,75% de mortalidade. No sub-bosque de P. caribaea a sobrevivência dos indivíduos de 2007 foi de 51,69% e mortalidade de 48,31%. Com relação ao número de indivíduos e área basal, os percentuais de ganhos foram superiores aos das perdas. Os resultados da sucessão ecológica da regeneração dos sub-bosques estudados indicam que há necessidade de um continuo monitoramento das espécies presentes para a definição do comportamento dos regenerantes. Para ambos os sub-bosques, os povoamentos de Eucalyptus saligna e Pinus caribaea não estão impedindo o estabelecimento e o surgimento das espécies.