Salpingectomia parcial em gatas (Felis catus) prenhes e não prenhes
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Medicina Veterinária Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Ciência Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5118 |
Resumo: | As gestações de gatas nem sempre são desejáveis por parte dos proprietários, os quais recorrem aos métodos contraceptivos hormonal e cirúrgico (ovarissalpingohisterectomia - OSH). Outra forma de contracepção bastante utilizada na medicina humana é a ligadura ou laqueadura das tubas uterinas, que consiste na oclusão mecânica e/ou ressecção parcial desta estrutura (salpingectomia parcial). Objetivou-se com este trabalho, desenvolver uma técnica de contracepção definitiva em gatas prenhes, que não comprometesse a gestação em curso, o parto, nem os conceptos, tendo em vista que é comum em campanhas de castração a visualização de útero gravídico durante a abordagem à cavidade abdominal; assim como avaliar o ganho de peso e mudanças de comportamento das gatas submetidas à salpingectomia parcial, comparando-as com as submetidas à OSH; e comparar o tempo cirúrgico entre os dois procedimentos. Para tal, foram utilizadas 40 gatas, divididas em dois grupos de 20 animais, A: salpingectomia parcial, e B: OSH; sendo o grupo A subdividido em A1, contendo 10 gatas prenhes, e A2 contendo 10 não prenhes. Transcirurgicamente foram registradas as quantidades de vesículas embrionárias encontradas, e o tempo de execução de ambos os procedimentos. Todos os animais foram reavaliados com sete, 60, 180 e 365 dias, sendo inicialmente observados quanto à manutenção da gestação e ocorrência de reabsorção fetal no grupo A1, e posteriormente quanto à fertilidade, ganho de peso e mudança de comportamento em todos os grupos. O tempo cirúrgico médio do grupo A foi de 353 segundos com desvio de 58,476 segundos, e o grupo B correspondeu a 448 segundos com desvio de 84,609 segundos, apresentando diferença estatisticamente significativa (p= 0,000069) entre os grupos diante do teste de Mann-Withney com nível de significância de 5%. Nas gatas do grupo A1 o curso gestacional e o parto foram normais, não ocorrendo abortos, nem distocias. No total foram visualizadas 51 vesículas embrionárias transcirurgicamente, nasceram 49 fetos vivos, nenhum natimorto, e nenhuma retenção fetal, logo, ocorreram duas (3,92%) reabsorções fetais. Dentre os 49 fetos, sete (14,28%) apresentaram a anormalidade genu recurvatum. Quanto à fertilidade, os animais do grupo A que ciclaram e copularam, não engravidaram. O grupo B apresentou aumento de peso médio de 20,34%,estatisticamente significativo (p= 0,000062) diante do teste de Wilcoxon com nível de significância de 5%, enquanto que o grupo A2 apresentou aumento de 9,57% considerado não significativo (p= 0,130570) em relação ao peso pré-cirúrgico. Com relação aos parâmetros comportamentais, no grupo B se observou aumento na ingestão de alimentos em 60% dos animais, da letargia em 65%, e diminuição do período de vigília em 75%; enquanto que estes parâmetros permaneceram inalterados na maioria dos animais do grupo A. Conclui-se que a salpingectomia parcial em gatas é um método contraceptivo 100% eficaz, de rápida execução, que pode ser empregado durante a identificação transcirúrgica do estado de prenhez, com mínimo efeito prejudicial aos conceptos; e sem alterações significativas de conduta e ganho de peso, mas com características indesejáveis quanto à aceitação dos proprietários. |