Contaminação por resíduos plásticos em boto-cinza (Sotalia guianensis) no litoral do Ceará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: PEREIRA, Letícia Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Biologia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/9716
Resumo: Os mamíferos marinhos, como representantes de topo da cadeia alimentar, são considerados espécies sentinelas e podem atuar como indicadores da saúde dos oceanos. Os resíduos plásticos estão amplamente distribuídos nos oceanos e já são reconhecidos como contaminantes perigosos. Uma vez ingeridos, estes resíduos podem causar diversos efeitos adversos à fauna, a depender do tamanho da partícula e da incidência. Este estudo teve como objetivo identificar e caracterizar a ingestão de plástico (macro - microplástico) em botos-cinza (Sotalia guianensis) do Atlântico Sudoeste Tropical, por meio da avaliação do conteúdo estomacal de uma amostragem retrospectiva de 10 anos. Os resíduos plásticos foram extraídos por digestão com solução de KOH e uma subamostra de partículas foi identificada pelo Laser Direto de Infravermelho. A maioria dos indivíduos avaliados (38 de 40) estava contaminada, os polímeros mais comuns identificados foram Poliuterano (PU), Politereftalato de etileno (PET) e Acetato vinila de Etileno (EVA). Os microplásticos (7.77 ± 1.25 partículas individuais -1; média ± erro padrão) foram mais prevalentes do que as partículas plásticas maiores (0.15 ± 1.25 partículas individuais-1). A variabilidade interanual não influenciou o tamanho ou o número de microplásticos ingeridos. No entanto, partículas menores foram detectadas durante as estações chuvosas. Houve correlação positiva entre a massa do conteúdo estomacal e o número de microplásticos, sugerindo contaminação por transferência trófica.