Análise das propriedades multifractais das séries climáticas no Brasil
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Estatística e Informática Brasil UFRPE Programa de Pós-Graduação em Biometria e Estatística Aplicada |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7778 |
Resumo: | A investigação da dinâmica de variáveis climáticas pode fornecer informações importantes sobre a sua variabilidade espaço-temporal. O entendimento sobre esses processos é fundamental para o desenvolvimento de modelos preditivos climáticos. As variáveis climáticas dependem de uma diversidade de processos naturais e mostram flutuações aleatórias em diferentes escalas temporais e espaciais, e os métodos estatísticos lineares são insuficientes para uma análise completa de séries temporais. Desta forma, a fim de compreender a complexidade temporal dos elementos climáticos (temperatura do ar (máxima, mínima, média), umidade relativa média do ar e velocidade média do vento) no Brasil, utilizou-se a análise multifractal das flutuações destendenciada (Multifractal detrended fluctuation analysis - MF-DFA) para analisar as propriedades multifractais de séries históricas dessas variáveis, fornecidas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), em 265 estações meteorológicas distribuídas no Brasil. Os resultados apontam que o processo que gera a variabilidade dessas variáveis climáticas segue a dinâmica multifractal, com maior influência do componente sazonal sobre as séries. Observou-se uma autocorrelação persistente apenas nas variáveis temperatura média, máxima e mínima, e essa persistência é mais forte na proximidade da linha do Equador. O grau de multifractalidade indicado pela largura do espectro multifractal varia entre as regiões, visto que, para as variáveis temperatura média e mínima, observou-se um padrão espacial no qual as regiões próximas da linha do Equador apresentaram um menor grau. Já em relação ao parâmetro de assimetria, verificou-se uma distribuição espacial homogênea, em que todas as variáveis estudadas a multifractalidade é mais influenciada pelas pequenas flutuações. Além disso, investigou-se a causa de multifractalidade, analisando as séries randomizadas. Para a maioria das variáveis meteorológicas estudadas, a multifractalidade deve-se à função de densidade de probabilidade e/ou à ação conjunta da função de densidade de probabilidade e de correlações de longo alcance. Os resultados observados indicam que a modelagem da memória longa em séries temporais de variáveis climáticas deveria ser feita por meio de um modelo multifractal e pode contribuir para o desenvolvimento de modelos preditivos mais confiáveis. |