Uma ilha sem mulheres : as relações de gênero nos suplementos literários da imprensa recifense em fins da década de 1920

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: AMARAL, Tércio de Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de História
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em História
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/5195
Resumo: Essa pesquisa analisa as representações das relações de gênero à luz da imprensa durante a formação do jornalismo de entretenimento na cidade do Recife em fins da Primeira República (1889-1930). Para isso, utilizamos como fontes os jornais Diario de Pernambuco, entre junho de 1924 e junho de 1925, e Diario da Manhã, entre abril de 1927 e abril de 1928. Os dois jornais foram pioneiros na publicação de cadernos e páginas especiais voltados à literatura e, mantiveram, na imprensa recifense, suplementos com duração superior a um ano na década de 1920. Esse estudo tem como objetivo mostrar como o quadro de mudanças sociais, culturais e econômicas estava inserido nos suplementos no momento em que as elites letradas defendiam novas práticas de modernidade nos grandes centros urbanos. Discussões em torno de temas como voto feminino, divórcio e feminismo estavam nessas páginas especiais. Esses suplementos identificaram essas novas demandas, e, em diversos momentos, se posicionaram contra elas, principalmente quando o assunto envolvia a relação entre homens e mulheres. Espaço para a divulgação de contos, poesias, artigos e ilustrações, os suplementos revelaram nomes importantes das letras nacionais que tiveram no jornalismo a primeira experiência profissional, como Gilberto Freyre, Lula Cardoso Ayres e Josué de Castro, entre outros. Essa é uma experiência distinta e pioneira na história do jornalismo brasileiro e pernambucano, que tem seu auge e se encerra nas décadas de 1940 e 1950.