Permeabilidade de solos irrigados com águas salinas em função do teor e tipo de argila

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: VIEIRA, Clarissa Buarque
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco; Departamento de Agronomia; Brasil; UFRPE; Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo
• Palavras-chave em Português: Salinidade; Sodicidade; Solo; Condutividade hidráulica; Mineralogia do solo; Granulometria; AGRONOMIA::CIENCIA DO SOLO
• Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/8824

Os solos são corpos naturais com comportamentos individuais, que respondem de forma diferente aos estímulos externos impostos pela natureza e pelo homem. A qualidade da água afeta o solo, podendo levar à degradação pelo acúmulo de sais. Para avaliar alterações na permeabilidade de solos com a aplicação de águas com níveis crescentes de condutividade elétrica (CE) e relação de adsorção de sódio (RAS) foram montados permeâmetros de coluna vertical e carga constante. Foram selecionados horizontes de nove solos, de locais distintos do estado de Pernambuco, caracterizados química, física e mineralogicamente. Os solos foram acondicionados em colunas de PVC e foi feito o ajuste da relação Ca:Na. Depois, foram aplicadas águas salinas para determinação da condutividade hidráulica em meio saturado (Ksat), com águas de cinco valores de CE (128, 718, 1709, 2865 e 4671 μS cm-1) e cinco valores de RAS [0, 5, 12, 20 e 30 (mmolc L-1)1/2]. Os dados obtidos foram ajustados a equações de regressão múltiplas da Ksat em função da CE e da RAS das águas. Determinaram-se, também, os valores críticos de RAS, em cada nível de CE, nos quais a Ksat foi nula; e a concentração eletrolítica limite (CEL), com 20% de redução na Ksat máxima. A Ksat do Latossolo, Nitossolo e Argissolo não foi alterada com os diferentes tratamentos. Já no Neossolo Regolítico, Vertissolo, Planossolo, Luvissolo, Cambissolo e Neossolo Flúvico a Ksat teve incremento com a elevação da CE e diminuição com o aumento da RAS. A CEL mostrou-se facilmente alcançada em solos com maiores teores de argila de alta atividade. Em solos mais arenosos, a CEL só foi atingida com maiores valores de RAS, indicando maior resistência destes solos à salinização e sodificação. Os solos do Agreste e Sertão foram os mais afetados pelos tratamentos, indicando sérios riscos de degradação física e química. Demonstra-se a importância de se monitorar a qualidade das águas a serem utilizadas na irrigação, especialmente em solos menos intemperizados, mais argilosos e com argila de atividade alta, para que o acúmulo de sais no solo não se intensifique mais no semiárido.