Manejo de solo salino-sódico na região do Baixo Açu-RN

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Holanda, JosÉ Simplicio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20210104-175057/
Resumo: Solos afetados por sais se constituem em um problema mundial, de maior intensidade em zonas áridas e semi-áridas. Nas áreas aluvionais do nordeste brasileiro os solos são férteis mas, apresentam excesso de sais. Esta pesquisa objetiva avaliar o efeito de diferentes técnicas de manejo, na melhoria de um solo aluvial salino-sódico da região do Baixo Açu-RN. Durante cinco anos foram conduzidos dois experimentos em campo, um com frações da recomendação de gesso (0, 1/3, 2/3 e 3/3) para redução da porcentagem de sódio trocável do solo (PST) a 15%. e o segundo com condicionadores químico (gesso 30 Mg.ha-1) e orgânicos (esterco de curral - 20 Mg.ha-1 e palha de carnaúba - 20 Mg.ha-1, em peso seco), sozinhos ou combinados, sob preparo de solo convencional e com acréscimo de subsolagem. Foram cultivados algodão irrigado por aspersão e arroz por aspersão ou inundação, ambas adubadas conforme recomendação de laboratório. Os parâmetros avaliados foram C.Ees , PST, Cálcio trocável e pH no solo, balanço iônico na solução do solo e produção das culturas. O gesso foi o mais eficiente condicionador na redução da PST. Seu efeito até os 9 meses ficou restrito a camada de incorporação no solo, baixando a PST para cerca de 10%. No decorrer de 24-30 meses diminuiu a PST em profundidades de até 60cm e, aos 40 meses não foi constatado efeito. Na fase inicial o gesso causou elevação na C.Ees situando-a acima de 6 dS.m-1 e caindo ao final para menos de 2 dS.m-1. As frações de 1/3 e 2/3 e a recomendação integral de gesso favoreceram igualmente a diminuição da C.Ees e PST, o aumento do cálcio trocável e a produção de algodão. A combinação do esterco de curral com gesso foi benéfica ao solo e possibilitou maior produção de algodão (cerca de 2.500 kg.ha-1) em relação a área não tratada um ano após a aplicação. A incorporação de palha de carnaúba sozinha agravou a condição de salinidade e sodicidade do solo e proporcionou as mais elevadas concentrações de sódio e cloro, em torno de 40 mmolc .L-1, na solução do solo. A subsolagem foi de efeito temporário na salinidade do solo porém, eficaz e prolongado na PST, com diminuição de até 14% sobre o preparo convencional. O arroz inundado mais que dobrou de produção, em relação ao irrigado por aspersão que manteve a C.Ees acima da salinidade limiar da cultura. Os rendimentos elevados, acima de 7.600 kg.ha-1, foram obtidos independente da subsolagem e do uso de condicionadores. Corrigido os desvios de fertilidade, o manejo que parece mais viável para exploração de algodão em solo aluvial salino sódico do baixo Açu compreende: 1 -­ preparo do solo com subsolagem precedendo cada cultivo ou, gessagem reduzida a 1/3 da dose recomendada, associada ou não a esterco de curral; 2- irrigação, tolerando-se por aspersão. Para arroz, é preciso tão somente irrigar por inundação, com manutenção de lâmina de água em 10cm de altura.