Parâmetros imunológicos e morfofisiológicos em Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera : Noctuidae) e Podisus nigrispinus (Dallas) (Hemiptera : Pentatomidae) expostos a CRY1AC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: CUNHA, Franklin Magliano da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural de Pernambuco
Departamento de Agronomia
Brasil
UFRPE
Programa de Pós-Graduação em Entomologia Agrícola
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/6050
Resumo: Apesar da eficiência de formulações Bacillus thuringiensis (Bt) e plantas transgênicas Bt contra vários lepidópteros, Spodoptera frugiperda (J.E. Smith) (Lepidoptera: Noctuidae) apresenta baixa suscetibilidade a maioria deles. As razões dessa baixa suscetibilidade especificamente para toxinas Cry1Ac e Cry1Ab não estão totalmente esclarecidas. É possível que espécies moderadamente ou não suscetíveis ao Cry1Ac possam adquirir essa toxina e expô-la ao terceiro nível trófico. Este estudo investigou a resposta de S. frugiperda relacionadas ao Bt baseado em três hipóteses sobre sua baixa suscetibilidade: células regenerativas do intestino médio são ativadas pela toxina Cry1Ac e renovam as células epiteliais (i), na hemolinfa aumentam a produção de óxido nítrico e fenoloxidase como resposta à toxina (ii), e a tolerância está associada a variações qualitativas e quantitativas dos hemócitos. Testamos ainda a hipotese de que o consumo de S. frugiperda alimentadas com algodão Bt pode levar a alterações na ultraestrutura e histoquímica das células digestivas, nos parâmetros humorais, hemograma e ultraestrutura dos hemócitos de Podisus nigrispinus (Dallas) (Hemiptera: Pentatomidae). Conclui-se que toxina Cry1Ac no algodão Bt não é suficientemente tóxica para matar as lagartas, mas induz alteração humoral e celular como sinal de resposta a um xenobiótico. A toxina Cry1Ac ingerida por S. frugiperda pode expor o terceiro nível trófico (P. nigrispinus) e ocasionar alterações na distribuição de glicogênio, lipídios e cálcio em decorrência da desorganização da matriz perimicrovilar. O Microscópio Eletrônico de Transmissão (MET) revelou a presença de esferocristais que parecem estar envolvidos na defesa contra toxina. Os parâmetros humorals e o hemograma de P. nigrispinus não são afetados quando são criados com presa S. frugiperda alimentadas diariamente com folhas frescas de algodão Bt. No entanto, é capaz de induzir modificações pequenas em granulócitos e plasmócitos.