Geografias QUEER e Currículo : por uma educação geográfica fora do armário!

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Moreira, Carlos André Gayer
Orientador(a): Tonini, Ivaine Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/218112
Resumo: Por meio de um diálogo teórico-metodológico, entre os Estudos Culturais, Feministas e Queer, esta Tese investiga o tratamento das temáticas de Gênero e Sexualidade nos cursos de formação de professores de Geografia, frente às lutas sociais dos movimentos feministas e LGBTQIA+. Tendo como recorte cinco Universidades Federais doRio Grande do Sul, a pesquisa averigua potencialidades e limites que se encontram em tais espaços no que se refere a estas demandas, tendo contado com 32 docentes e 6 coletivos feministas e LGBTQIA+ entrevistados. A análise dos dados das entrevistas, bem como dos currículos documentados dos cursos, foi permeada por um viés foucaultiano, o que permitiu diversas intersecções e diálogos, entre diferentes enunciados, textos e autores. Primeiramente, foi realizada uma discussão a partir dos conceitos de Gênero e Sexualidade, onde discursos dos docentes e dos coletivos deflagraram suas respectivas compreensões acerca de tais conceitos e sua importância. Em seguida foi tratado do ingresso destes conceitos enquanto categorias e áreas de pesquisa no campo do saber geográfico, por meio das Geografias Feministas e Geografias Queer, onde foi abordado um breve histórico sobre tal ingresso e são apontadas potencialidades de enriquecimento do campo geográfico. Com a análise ao longo dos capítulos, se tornou cada vez mais perceptível compreender que, mesmo com as demandas trazidas, a abertura da Geografia a estas temáticas e seu tratamento, no que se refere ao currículo oficial dos cursos, apresenta limites que dificultam a efetiva contribuição dos estudos de Gênero e Sexualidade na formação do professor. Os resultados apontam desde acompleta inexistência de menção sobre tais questões no currículo até à concentração de tal tratamento em professores específicos, demonstrando que esta não é uma política curricular ou institucional, mesmo diante da relevância acadêmica e social de tais temáticas. Por fim, para o aproveitamento das potencialidades e superação dos limites identificados, são trazidos os Estudos Culturais, Feministas e Queer como caminhos, onde o Gênero e a Sexualidade, para além de apenas aspectos de identidade, são resgatados como categorias analíticas dotadas de uma inerente geograficidade, que precisa ser mais bem compreendida no campo atual da Geografia.