Que carne pode a cena ? estudos sobre poéticas corporais transperformacionais, para além da dramaturgia de Censuradas: SOS Mulheres em Vênus ou Travestis na Porta do Céu

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Delgado, Pedro Omar Lacerda
Orientador(a): Dantas, Monica Fagundes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236476
Resumo: A escrita apresentada no corpo das 348 páginas desta tese busca relatar um processo investigativo de criação de uma teatralidade desenvolvida em duas fases, que teve como principal objetivo compreender o processo de transperformacionalidade dos corpos palimpsestosos dos performers do coletivo Cria”Tures em uma perspectiva dramatúrgica, enquanto poética e insurreição dos corpos abjetos. Trata-se, portanto, do relato de um experimento cênico que iniciou com a criação de uma dramaturgia e que teve duas montagens diferentes, cuja prática consistiu em desenvolver uma teatralidade a partir da perspectiva do pensamento queer. Assim, as 348 páginas foram divididas em cinco cartas e uma introdução onde os conteúdos de suas escritas revelam a singularidade do jogo e da encenação, tanto dos corpos dos performers quanto de suas poéticas, da dramaturgia e da simbologia imagética das cenas. O processo de criação das cenas partiu da aproximação e do tensionamento entre a performatização dos corpos a partir do poder discursivo da linguagem, da heteronormatização e da cisnormalização que estão presentes nos corpos abjetos: bixas, travestis, putos, putas e outros corpos marginais. Assim, o tensionamento provocado na aproximação entre os corpos abjetos palimpsestosos, a cultura heteronormativa e as dramaturgias protagonizadas por corpos e discursos heterossexistas foram os fios condutores tanto para a concepção do processo de criação quanto para a criação de uma teatralidade que pudesse se constituir enquanto potência de uma poética insurgente e decolonial.