Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Boardman, Daiana Rockenbach |
Orientador(a): |
Iannuzzi, Roberto |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/38529
|
Resumo: |
Os depósitos de carvão da porção sul-brasileiria da Bacia do Paraná são conhecidos pelo seu abundante e diversificado conteúdo macroflorístico típico da “Flora Glossopteris”, reconhecida em todo o Permiano do Gondwana. Muitos trabalhos sobre esta flora foram realizados nos estratos do Rio Grande do Sul, utilizando-se para isso de diferentes ferramentas e abordagens. Contudo, a carência de informações mais detalhadas a respeito dos espécimes publicados nestas contribuições, tais como, ausência de descrições/ilustrações, listas sinonímicas, informações estratigráficas, tornou-se inviável o uso direto destes dados para as localidades de interesse desta tese. O presente estudo oferece uma análise dos dados paleobotânicos e novos registros palinológicos para o Afloramento Quitéria e a Mina do Faxinal. Além disso, realizou-se uma análise integrativa entre estas localidades e o Afloramento Morro do Papaléo, associando-se dados oriundos da fito e palinoestratigrafia, da estratigrafia de sequências e de datações radiométricas para esta porção da bacia, visando um melhor entendimento e posicionamento cronoestratigráfico dos depósitos associados aos carvões do Paleovale Mariana Pimentel. A revisão do material paleobotânico registrou 15 táxons tanto no Afloramento Quitéria quanto na Mina do Faxinal. Foi registrada a presença de alguns táxons pela primeira vez neste trabalho, como Brasilodendron sp., no nível Quitéria Base, e Glossopteris browniana e Botrychiopsis plantiana, em Quitéria Topo. Gondwanostachys australis, em Quitéria Base, foi re-avaliada em Giridia quiteriensis. A listagem atualizada dos táxons presentes possibilitou confirmar a identificação da Zona Glossopteris/Rhodeopteridium nas duas localidades. Entre os palinomorfos foram documentados 69 táxons nos níveis do Afloramento Quitéria e 45 nos níveis da Mina do Faxinal. A análise destes conjuntos indicou similaridades para as duas localidades, com o domínio de esporos perante os grãos de pólen. A presença de Protohaploxypinus limpidus e Stellapollenittes talchirensis e a abundância de Granulatisporites austroamericanus e Converrucosisporites confluens no Afloramento Quitéria e a presença de Protohaploxypinus goraiensis e Illinites unicus na Mina do Faxinal possibilitaram assinalar a Subzona Protohaploxypinus goraiensis, Base da Zona Vittatina costabilis (ZVc) para estes depósitos. Nenhum elemento diagnóstico da Subzona Hamiapollenites karroensis foi registrado. Contudo, registraram-se raros espécimes de grãos de pólen marcadores da sobrejacente Zona Lueckisporites virkkiae (ZLv), tanto em Quitéria (Striatopodocarpites pantii e cf. Weylandites sp.) quanto na Mina do Faxinal (Lueckisporites virkkiae), os quais são aqui considerados como primeiros aparecimentos e característicos de um intervalo de transição entre as zonas ZVc e ZLv, corroborando trabalhos recentes. A ausência deste intervalo de transição na seção do Morro do Papaléo pode ser explicada por estar localidade encontrar-se situada na porção mais distal do paleovale, a qual teria sofrido um processo erosivo mais intenso com as mudanças do nível de base. Integrando os resultados aqui obtidos com os registrados para o Afloramento Morro do Papaléo foi possível correlacionar estratigraficamente as localidades junto a uma sequência de poços ao longo do Paleovale Mariana Pimentel. Ainda, os resultados foram comparados com os estudos recentemente realizados na região de Candiota, permitindo inferir que o limite de sequência SB3 atuou de forma diferenciada entre as duas regiões, erodindo de forma mais intensa os sedimentos no Paleovale Mariana Pimentel do que na região de Candiota. Comparando os resultados palinológicos e considerando a posição estratigráfica de cada localidade e as idades radiométricas registradas para a região de Candiota e na Mina do Faxinal, pode-se afirmar que: (I) a seção de Quitéria preservou sedimentos mais antigos em relação áqueles da região de Candiota, (II) a Mina do Faxinal preservou sedimentos levemente mais antigos em relação áqueles de Quitéria e (III) o Afloramento Morro do Papaléo registrou os níveis fossilíferos mais antigos dentre as localidades abordadas. |