Influências do local de moradia sobre as escolhas de estudar e trabalhar dos jovens nas aglomerações urbanas do Rio Grande do Sul, 2000 e 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ferreira, Gisele da Silva
Orientador(a): Lahorgue, Maria Alice Oliveira da Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/132918
Resumo: Nas últimas décadas inúmeros estudos foram produzidos acerca da influência do local de moradia sobre o bem-estar das pessoas, o chamado “efeito-bairro”. Este trabalho tem o objetivo de analisar os principais fatores que influenciam os jovens gaúchos de 15 a 24 anos a permanecerem apenas estudando, estudando e trabalhando, só trabalhando ou não estudando e nem trabalhando. Serão analisados fatores ligados ao local de moradia, características individuais dos jovens, tais como raça, sexo e idade, e familiares, tais como educação dos pais e renda familiar per capta e como cada uma dessas variáveis exerce influência sobre as escolhas dos jovens das aglomerações urbanas do Rio Grande do Sul. Para tanto, serão utilizados os microdados amostrais dos Censos Demográficos de 2000 e 2010 do IBGE, através dos quais serão construídas as variáveis dependente e independentes que constituirão a análise estatística via modelos de regressão logística multinomial. Os resultados das influências dos fatores ligados ao local de moradia apontaram que residir longe do centro, em 2000, dificultava o ingresso no mercado de trabalho para o jovem de Porto Alegre, enquanto em 2010 aumenta suas chances de estudar e de trabalhar e quanto mais elevado é o nível socioeconômico da vizinhança do jovem, maiores são suas chances de apenas estudar e menores suas chances de só trabalhar. O estudo também constatou que o jovem ser filho ou enteado do chefe domiciliar aumenta significativamente suas chances de estudar e reduz bastante suas chances de dedicarem-se exclusivamente ao trabalho; quanto mais elevada a idade do jovem, maiores suas chances de trabalhar e menores de só estudar, consequência da transição natural do jovem da escola para o mercado de trabalho; o jovem ser do sexo masculino aumenta suas chances de trabalhar; quanto mais elevada a renda domiciliar per capita do jovem, menores são suas chances de não estudar nem trabalhar; quanto mais anos de estudo o chefe domiciliar possuir, maiores as chances do jovem estudar; quanto mais crianças no domicílio do jovem, maiores são suas chances de não trabalhar nem estudar e quanto mais elevado o grupo de categoria sócio-ocupacional do chefe domiciliar, maiores são as chances do jovem estudar.