Escola cidadã : dos perigos de sujeição à verdade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Uberti, Luciane
Orientador(a): Fischer, Rosa Maria Bueno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10319
Resumo: Esta tese analisa o discurso da Escola Cidadã, tal como sancionado nos Cadernos Pedagógicos publicados pela Prefeitura Municipal de Educação de Porto Alegre [POA/SMED, 1995b, 1996c, 2000b]. Para tanto, faz uso das ferramentas operatórias da produção de Michel Foucault, na tentativa de proceder a uma crítica genealógica por meio de uma análise de discurso. A prática discursiva da Escola Cidadã, ao responder às questões centrais do campo educacional – que se referem ao conteúdo a ser ensinado, à forma como isso deve ser feito e ao tipo de sujeito que aspira formar –, articula a tríade poder-saber-sujeito, enunciando e dando visibilidade à verdade pedagógica do tempo presente. É por esse motivo que o presente trabalho analisa a forma pela qual tal prática discursiva torna visível e enunciável determinadas forças de poder, ao demarcar relações e posições sociais; um certo discurso de verdade, na forma pela qual estabelece assertivas verdadeiras; algumas modalidades de subjetividade, ao fazer proposições educativas para diferentes sujeitos; e específicas formas de saber, por meio de conhecimentos pedagógicos destinados a resolver urgências educacionais. Nesta trajetória, considerando-se que o trabalho do intelectual específico consiste numa forma de luta em relação ao poder de verdade de um discurso, a tentativa foi a de problematizar os perigos de sujeição à verdade cidadã. Esta tese sugere, ao finalizar, que se trata de uma luta própria à tarefa crítica do pensamento, o qual fornece condições de resistência às formas de sujeição, dobrando a força da verdade e fazendo experimentar novas formas de ser sujeito.