Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Tânya Marques [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/192442
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Resumo: |
A presente tese visou produzir uma análise teórico-reflexiva sobre alguns dispositivos sonoro-musicais, sua historicidade e seus desdobramentos no contexto de suas articulações com o poder e a subjetividade. A partir da cartografia das diversas linhas destes dispositivos, buscamos forjar teoricamente uma linha de audibilidade como proposição conceitual necessária para a análise dos aspectos musicais e sonoros envolvidos naqueles. Foram investigados os atravessamentos históricos, científicos e socioculturais da experiência musical e sonora do sujeito em instituições determinadas e em variados locais e períodos. No primeiro ensaio, foi estudado o método e o referencial teórico que orienta esta pesquisa, a saber, a noção de dispositivo em Foucault, Deleuze e Agamben e sua articulação com a arqueogenealogia como inspiração metodológica e com o campo das músicas e sonoridades. O segundo ensaio se propôs a pensar o uso da música nas formas de tratamento medievais e renascentistas da loucura, tal como se apresentam em uma obra foucaultiana. O terceiro ensaio realiza o debate acerca da relação entre dois dispositivos – música e linguagem – como se poderia descrever os jogos de força que se estabelecem entre eles, produzindo enunciados adotados em diversas ciências que se utilizam da música para finalidades sociais, clínicas, políticas. O quarto ensaio discute sobre a audibilidade como recurso especializado das clínicas psicoterapêuticas e musicoterapêuticas, enfatizando alguns conceitos cruciais que fundamentam a Psicanálise e algumas abordagens e práticas da Musicoterapia. O quinto ensaio trabalha a articulação entre o campo sonoro-musical e o poder na produção de subjetividades a partir de tecnologias institucionais como a panausculta, panáudio, panótico e pámphonos nos contextos do poder disciplinar e de regulação e o uso da música em contexto beligerante e de tortura no estado de exceção como governo. Por fim, sintetizamos a noção de audibilidade elaborada ao longo do texto, na tentativa de produzir considerações que melhor delimitem a dimensão de análise tecida por nós, para tornar audíveis o intensivo e o sensível como forças inaudíveis nos dispositivos. |