Fatores socioeconômicos e psicossociais relacionados à prevalência da depressão no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silveira, Eduardo Fernandes da
Orientador(a): Balbinotto Neto, Giacomo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/168650
Resumo: Esta dissertação analisa os impactos de fatores socioeconômicos e psicossociais sobre a prevalência da depressão no Brasil através de modelos probit e da decomposição de Oaxaca-Blinder aplicados às bases de dados dos suplementos de saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Saúde) e da Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS 2013). Neste trabalho, foram usados dois critérios básicos de identificação de indivíduos deprimidos: os que referiram ter recebido o diagnóstico de depressão de algum profissional de saúde e os que obtiveram um escore superior a 4 no teste PHQ-9 (cujas perguntas constam na PNS 2013). Foram obtidos resultados estatisticamente significativos, evidenciando a maior probabilidade da depressão entre mulheres e a relação inversa do transtorno com as variáveis renda domiciliar, desemprego, escolaridade e idade. Fatores como doenças físicas, doenças mentais e deficiências demonstraram uma relação direta com a depressão, embora as quantificações de suas magnitudes tenham sido sensíveis à especificação dos modelos. Também mostraram uma relação direta com o transtorno depressivo variáveis associadas a traumas e estresse emocional (como ter perdido um filho, ter sofrido algum tipo de violência, ter um filho com problemas de saúde, etc.). Outras variáveis como raça e região geográfica apresentaram resultados ambivalentes, também sensíveis às diferentes especificações de modelo. Ainda, variáveis referentes ao mercado de trabalho como o tipo de vínculo empregatício e setor de atividade apresentaram resultados inconclusivos. Por fim, outra conclusão importante foi que o critério de identificação dos indivíduos com depressão é determinante nos resultados.