Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Gabriel, Letícia de Castro |
Orientador(a): |
Aguiar, Douglas Vieira de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/283134
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Resumo: |
O conceito de Vitalidade Urbana, formulado por Jane Jacobs em The Death and Life of Great American Cities (1961), vincula-se à vida urbana nas ruas e à noção de diversidade. Assim tornou-se fundamental para o planejamento, projeto e gestão urbanos, na medida em que as áreas de uma cidade com alta vitalidade são reconhecidas como vibrantes e atrativas, já as de baixa vitalidade, como vazias e inseguras. Esta tese abordou a Vitalidade Urbana como expressão de fatores dinâmico-funcionais do fenômeno urbano e os analisou, estatisticamente, junto às propriedades configuracionais via medidas sintáticas bem como à caracterização da forma urbana, no caso de lotes e da forma construída, adotando a classificação de tipologias funcionais. A metodologia envolveu a quantificação da distribuição do padrão de movimento de veículos, da presença de pessoas e da ocorrência de atratores urbanos, e, de modo relacionado, a descrição da estrutura urbana a partir de distinções espaciais decorrentes das gradações de integração, escolha ou alcance e das densidades de elementos morfológicos. O objeto de estudo contou com áreas urbanas de Santa Maria (RS, Brasil), delimitadas a partir de diferenciações do tecido urbano, e nas quais se manifesta o processo de centralidade enquanto abordagem da economia do movimento. Após averiguação empírica, observou-se que cada área apresentou um padrão de Vitalidade Urbana próprio. Conforme os resultados dos modelos de análise configuracional urbana, parcialmente comprovou-se a hipótese de que a Vitalidade Urbana primariamente acompanharia as variações de acessibilidade. Para a área cujo ciclo de feedback dinâmico parece não ter sido iniciado, a tendência para a multiplicação de efeitos, ainda não acionada, não interferiu na variabilidade e na desestabilização da variância dos padrões urbanos. Assim, todos os padrões descritivos da Vitalidade Urbana apresentaram a constatação de um padrão crescente com a variável integração angular local. E, ao contrário, para a área cujo ciclo de feedback dinâmico parece ter sido iniciado, isto em função dos altos valores do padrão de localização de atividades econômicas a multiplicar os valores do padrão de presença de pessoas, apenas o padrão movimento de veículos apresentou a constatação de um padrão crescente com a variável integração angular global. Ou seja, demonstrando comportamento previsto pela teoria sintática da configuração espacial ser a principal geradora dos padrões de movimento natural e do acionamento de uma forma não linear de multiplicação de efeitos. Os resultados dos modelos de análise configuracional e de análise da forma urbana chegaram a alcançar coeficientes de determinação ajustados (R²) maiores que 0,80, nos quais a explicação da extensão da variância das variáveis descritivas da Vitalidade Urbana coube às medidas sintáticas angulares e de incidência de tipologias funcionais de uso não residencial e de uso misto ou de tipologias específicas, como as de atividades econômicas tanto em baixa altura quanto em altura, e de uso misto tanto em baixa altura quanto em altura. Por fim, também houve correspondência dos maiores níveis de Vitalidade Urbana registrados em live centre lines ou core lines inseridas nas maiores faixas de acessibilidade. |