Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Genivaldo Alves |
Orientador(a): |
Silveira, Rosa Mara Borges da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/240190
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Resumo: |
Fomitiporia é um gênero que reúne espécies de fungos caracterizadas por apresentar basidiomas perenes, pileados a ressupinados, basidiósporos hialinos, dextrinoides e cianófilos, sistema hifal dimítico e presença de setas himeniais em algumas espécies. A baixa variação morfológica é uma das características predominantes entre as espécies classificadas em Fomitiporia. As linhagens, de modo geral, parecem apresentar algum grau de especificidade fungo-hospedeiro (de exclusividade ou recorrência) e de distribuição geográfica, mas também há casos de espécies generalistas e amplamente distribuídas. No entanto, como reflexo do uso exclusivo de uma abordagem unicamente morfológica, muitas espécies do gênero foram consideradas com uma amplitude morfológica e geográfica maior do que se tem constatado quando empregada uma abordagem integrativa (dados moleculares e ecológicos somados aos morfológicos). Por consequência, uma desconhecida diversidade representada por diferentes linhagens vem sendo revelada. No Brasil, F. robusta e F. punctata, espécies da Eurásia, foram dois nomes comumente empregados para espécimes com basidiomas pileados e ressupinados, respectivamente. Além destas, no Brasil são conhecidas F. apiahyna, F. atlantica, F. bambusarum, F. dryophila, F. maxonii, F. neotropica, F. sanctichampagnatii, F. spinescens e F. subtilissima, muitas não testadas filogeneticamente. Com o intuito de reconhecer a diversidade de espécies de Fomitiporia que ocorrem no Brasil e entender suas relações filogenéticas e delimitações, foi realizado grande esforço de coleta na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa, além de revisão de coleções de herbários, totalizando 314 espécimes analisados morfologicamente, dos quais cerca de 60 foram acessados filogeneticamente (moleculares: nrITS, nrLSU, TEF1-α e RPB2). Todos os espécimes coletados no Brasil foram agrupados filogeneticamente em um único clado (neotropical), composto por ao menos sete clados menores e 14 linhagens propostas como espécie ou combinação novas: clado (1) F. texana [F. rhizophila ad int. sp. nov.]; (2) F. langloisii–F. castilloi [F. bambusipileata sp. nov., F. elliptica ad int. sp. nov., F. exigua ad int. sp. nov., F. pulvinata ad int. sp. nov. e F. rondoni ad int. sp. nov.]; (3) F. elegans, (4) Andino, (5) F. biformis ad int. [F. biformis ad int. sp. nov.], (6) F. atlantica–F. subtilissima [F. puiggarii ad int. sp. nov.] e (7) F. apiahyna sensu lato [F. conyana sp. nov., F. elegans comb. nov., F. melanoderma ad int. sp. nov., F. murrilli sp. nov., F. nubicola sp. nov. e F. prolongata ad int. sp. nov.]. Dessa forma, a diversidade do gênero no Brasil foi ampliada de oito para 23 espécies, com F. punctata, F. robusta e F. dryophila confirmadas como ausentes e F. castilloi e F. impercepta registradas pela primeira vez. Uma chave dicotômica é apresentada, bem como as diferenças morfológicas, principalmente nos grupos com baixa variação nos estados de caractere, foram cuidadosamente alinhadas aos dados ecológicos de hospedeiro e distribuição, os quais somados às análises filogenéticas auxiliaram no reconhecimento de uma diversidade críptica. |