Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Perotti, Janieli Cristina |
Orientador(a): |
Fett Neto, Arthur Germano |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/131757
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Resumo: |
O conhecimento sobre os mecanismos e a modulação de respostas de estresse em plantas arbóreas é necessário para a exploração sustentável destas importantes fontes de produtos de interesse industrial, também essenciais do ponto de vista ecológico, na regulação do clima e caracterização de diferentes biomas. Nesta tese, foram investigados dois exemplos de estresse em indivíduos jovens de espécies arbóreas, sendo um de uma gimnosperma frente a estresse biótico e outro de uma angiosperma submetida a estresse abiótico: controle da produção de resina por ferimento e moléculas sinalizadoras em Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntzee respostas fisiológicas de um híbrido comercial de eucalipto (Eucalyptus grandis W. Hill X E. urophylla S.T. Blake) à elevação de CO2 e temperatura tendo como fonte de nitrogênio nitrato. No primeiro caso a hipótese testada foi de que a conífera basal A. angustifolia apresentaria controles de regulação distintos de coníferas mais avançadas, como Pinus spp. No segundo caso, a hipótese testada foi de que, sob temperatura ambiente moderada, haveria limitação no uso do excedente de CO2 pelas plantas C3, devido a dificuldades na assimilação de nitrogênio por falta de poder redutor, situação que seria parcialmente compensada por fotorrespiração sob alta temperatura sem restrição hídrica, devido à recuperação da disponibilidade de ácidos orgânicos, poder redutor e consequente assimilação do nitrato. No caso da produção de resina em araucária, a metodologia envolveu basicamente a remoção de acículas (ferimento) e a aplicação de moléculas estimuladoras e sinalizadoras de exsudação de resina conhecidas para Pinus elliottii, espécie mais derivada e de uso comercial, seguida do monitoramento do volume de resina produzido, bem como análise de sua composição por CG-MS. Já para o efeito da elevação de CO2 e temperatura em eucalipto, foram avaliados tratamentos em câmara de crescimento Conviron incluindo condições controle (25 ºC, 379 ppm CO2), elevado CO2 (EC, 730 ppm CO2, 25 ºC), elevada temperatura (ET, 30ºC, 379 ppm CO2) e a combinação destes(EC+ ET, 30ºC, 730 ppm CO2). Monitorou-se parâmetros de crescimento, parâmetros fotossintéticos e de fluorescência da clorofila, bem como o teor de carboidratos, fenólicos, antocianinas, proteínas solúveis e a atividade de nitrato redutase. No que tange à produção de resina em araucária, a hipótese foi refutada, tendo sido verificado que moléculas sinalizadoras típicas para produção de resina em Pinus também foram ativas em araucária, destacando-se etileno, jasmonato e ácido salicílico. Além disso, verificou-se pela primeira vez modulação de produção de resina por nitroprussiato de sódio, um precursor de óxido nítrico. No caso das respostas de eucalipto a simulação de cenários climáticos futuros com fonte oxidada de nitrogênio, os principais resultados foram o melhor desempenho fotossintético e o maior crescimento em plantas sob ET ou EC+ET, parcialmente apoiando a hipótese de que a falta de poder redutor limita o aproveitamento de CO2 por plantas C3 sob condições não condutivas à fotorrespiração, indicando, portanto, a possibilidade de uma resposta compensatória da alta temperatura em relação às dificuldades de assimilação de nitrato, particularmente sob alto CO2 em cenários climáticos futuros. |