Aspectos reprodutivos do Pinheiro Brasileiro (Araucaria angustifolia (Bert.) O.KTZE-Araucariaceae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Kuhn, Sofia Aumond
Orientador(a): Mariath, Jorge Ernesto de Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194235
Resumo: Estudos referentes à reprodução de Gimnospermas são escassos, sendo a maioria desses baseados em modelos com espécies de Pinus, havendo poucos estudos sobre a família Araucariaceae. O detalhamento dos aspectos reprodutivos de Araucaria angustifolia é de grande importância tanto econômica como ecológica, com aplicação direta na coleta de sementes destinada à conservação do germoplasma, na obtenção de sementes para fins comerciais e no entendimento da dinâmica e regeneração de populações naturais. Neste estudo foi analisado a androsporogênese, a androgametogênese e o padrão de desenvolvimento do tubo polínico associado ao desenvolvimento do ginófito em exemplares de A. angustifolia. As coletas dos estróbilos da Araucária foram realizadas na cidade de Nova Petrópolis, Rio Grande do Sul, Brasil, durante os anos de 2010 e 2011. O material foi analisado através de técnicas usuais de microscopia de campo claro e microscopia eletrônica de varredura. Com relação à fenologia da espécie, o desenvolvimento das estruturas reprodutivas de árvores androsporangiadas leva cerca de 22 meses para ser concluído. No primeiro ano, grande parte dos eventos ocorre nas árvores androsporangiadas, incluindo a formação dos estróbilos e seus esporângios, o desenvolvimento dos esporos e dos grãos de pólen. Após a polinização, as etapas subsequentes se dão nas árvores ginosporangiadas. Também no primeiro ano do ciclo, ocorre a germinação do tubo polínico. No segundo ano, após a espera de vários meses, ocorre a formação dos gametas no andrófito e se inicia o processo da fecundação. Os esporângios de A. angustifolia possuem origem dérmica e quando maduros apresentam diversas camadas celulares isolando as células esporogênicas, enquanto na deiscência a única camada que resta é o exotécio A meiose apresenta citocinese simultânea, é assincrônica e forma tétrades do tipo tetraédrica e isobilateral. Durante a gametogênese, o andrófito passa por cinco ciclos mitóticos até a formação dos gametas, sendo que no momento da dispersão apresenta uma forte polarização interna de seus constituintes. O pólen de A. angustifolia não possui aberturas, não possui sacos aéreos e é suboblato, sua germinação é extra rudimento seminal e o tubo polínico apresenta inúmeras ramificações. No interior do nucelo se desenvolve o ginófito, que quando maduro apresenta cerca de quatorze arquegônios dispostos na região micropilar. Durante a penetração do tubo polínico nos arquegônios, ocorre a descarga de dois núcleos gaméticos de iguais dimensões na célula oosférica. O estudo embriológico de A. angustifolia demonstrou diversas características de extrema relevância para a compreensão da biologia reprodutiva dessa espécie. No entanto, certos aspectos merecem detalhamento específico visando à compreensão mais profunda sobre a sua reprodução, como: a determinação da origem de cada estrato parietal nos esporângios; o detalhamento citológico do andrófito maduro, dos constituintes do tubo polínico, das células do pescoço de arquegônios e da cariogamia.