Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Emanuelli, Tatiana |
Orientador(a): |
Souza, Diogo Onofre Gomes de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/275972
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Resumo: |
O dimercaprol (BAL ou 2,3-dimercaptopropanol) é um quelante utilizado no tratamento de intoxicações com mercúrio. No entanto, este composto apresenta baixa eficácia terapêutica. É suposto que a ação terapêutica do BAL ocorra através da remoção de mercúrio ligado a proteínas sulfidrílicas. No presente estudo investigou-se o efeito inibitório do tratamento com cloreto de mercúrio (3 dias com 2,3 ou 4,6 mg/kg de HgCl2, sc) sobre a atividade da enzima delta-aminolevulinato desidratase (ALA-D) de cérebro, rim e fígado de camundongos adultos, e uma possível reversão dos efeitos do mercúrio com dimercaprol (0,25 mmol/kg, 24 horas após a última injeção de mercúrio). O cloreto de mercúrio, nas doses injetadas, não inibiu a atividade da ALA-D cerebral. O tratamento com dimercaprol não foi capaz de reverter a inibição de 25% causada por 4,6 mg/kg de HgCh na atividade da ALA-D hepática. A inibição da ALA-D renal por 4,6 mg/kg de cloreto de mercúrio (35% de inibição) foi potencializada após o tratamento com dimercaprol (65% de inibição). Após exposição a 2,3 ou 4,6 mg/kg de cloreto de mercúrio, o conteúdo de mercúrio renal aumentou e atingiu níveis maiores do que nos outros órgãos. Só houve acúmulo de mercúrio no fígado após a exposição a 4,6 mg/kg de HgCl2 e o tratamento com dimercaprol aumentou a deposição do metal neste órgão. O tratamento com dimercaprol também aumentou a deposição de mercúrio no cérebro dos animais expostos a 4,6 mg/kg de HgCl2. A sensibilidade ao efeito combinado do HgCl2 e do dimercaprol, in vitro, foi similar nas enzimas de todos os tecidos estudados. Sem pré-incubação, o dimercaprol, até 500 μM, potencializou o efeito inibitório do cloreto de mercúrio sobre a atividade da ALA-D. Com pré-incubação, 100 a 250 μM de dimercaprol aumentou a sensibilidade da ALA-D ao mercúrio, enquanto que 500 μM de dimercaprol protegeu parcialmente a atividade da ALA-D da inibição por mercúrio. O dimercaprol (500 μM) inibiu a atividade da ALA-D renal e hepática, quando pré-incubado com essas enzimas. Durante a determinação do mecanismo de inibição da ALA-D pelo BAL, foram obtidas evidências de que os dois sítios de ligação de zinco da ALA-D possuem funções diferentes na enzima de camundongos. O zinco ligado ao sítio mais lábil parece estar envolvido na estabilização da ALA-D no estado reduzido, enquanto que o zinco mais firmemente ligado à enzima seria essencial para a atividade da ALA-D. Desse modo, o BAL (até 1 mM) inibiria a ALA-D através da remoção de íons zinco ligados ao sítio lábil, tomando a enzima mais suscetível à oxidação. A potencialização causada pelo BAL na inibição da ALA-D por HgCl2, poderia ser atribuída ao deslocamento de zinco do sítio mais lábil, aumentando a vulnerabilidade dos grupos -SH da enzima à oxidação por mercúrio. Os dados obtidos neste estudo sugerem que o BAL não é capaz de reverter a inibição da enzima sulfidrílica ALA-D por mercúrio; e que na verdade, o BAL per se pode apresentar um efeito inibitório sobre a atividade da enzima, dependendo do tecido. Além disso, o dimercaprol pode potencializar o efeito inibitório do mercúrio sobre a atividade dessa enzima. |