Relações entre a temperatura do ar e a estrutura de formações vegetais no norte do Pantanal de Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Hofmann, Gabriel Selbach
Orientador(a): Oliveira, Luiz Flamarion Barbosa de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/15817
Resumo: A relação entre o microclima e a vegetação tem sido explorada sob os mais variados pontos de vista. Raros são os trabalhos deste tipo, que consideram mais de um tipo de floresta, e em situação natural. Este trabalho avalia de forma detalhada a temperatura do ar, e sua relação com a estrutura da vegetação da maior Unidade de Conservação particular do País, a RPPN SESC Pantanal. Esta Unidade de Conservação se localiza em uma área continental tropical de grande importância para a conservação biológica, o Pantanal de Mato Grosso no centro-oeste do Brasil. Foi mensurada a estrutura de cinco formações florestais (Cambarazal, Mata com Acuri, Mata Densa, Tabocal e Mata Seca) e uma savânica (Campo com Murundus). Com uso de sensores de temperatura acoplados a data loggers e instalados dentro das formações, realizou-se comparações com um campo aberto, que funcionou como controle durante toda a amostragem. Para testar a influência da estrutura da vegetação no microclima, foram realizadas cinco regressões lineares múltiplas, onde a variável dependente era a diferença da temperatura registrada em campo aberto (delta) e de 36 unidades amostrais (6 por formação). Como variáveis preditivas foram empregados dados estruturais levantados nas mesmas. Foram observadas diferenças estruturais significativas entre as seis formações. Através dos dados de vegetação e de temperatura foi possível separar as formações vegetais em três grupos distintos; o das formações semi-abertas (Campo com Murundus, Tabocal e Mata Seca), abertas (campo aberto usado como controle dos dados meteorológicos) e das formações fechadas com coberturas de dosséis densos (Cambarazal, Mata com Acuri e Mata Densa). Foram encontradas diferenças térmicas superiores a 10ºC para todas as formações em relação ao campo aberto (exceto Campo com Murundu). As maiores diferenças foram registradas nos períodos de aquecimento e resfriamento dos dias. A explicação para isto está na grande velocidade de incremento e perda de calor do campo frente às demais formações que apresentaram maior estabilidade térmica. As regressões múltiplas revelaram um poder de explicação entre 43,3 e % e 63,8% e revelaram que o índice de área foliar (LAI) como a variável preditiva mais importantes para variações térmicas.