Sobre containers e medianeras : intervenções urbanas subjetivações limiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Flach, Guilherme Augusto
Orientador(a): Paulon, Simone Mainieri
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/158671
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo explorar as intervenções urbanas na cidade de Porto Alegre e seus efeitos sobre os modos de vida na cidade. Quer-se problematizar e construir entendimentos das forças que constituem essas intervenções, que por vezes escapam do controle e padronização urbanístico, por outras integram grandes projetos de revitalização e ocupação do espaço urbano. Tais intervenções podem estar em sintonia com a arte urbana, o a(r)tivismo, o efêmero, o urbanístico, a arquitetura e os movimentos de ocupação dos espaços públicos. Através de uma metodologia baseada na errância e na cartografia, em que o pesquisador se propõe a fazer do próprio corpo superfície aos acontecimentos, constroem-se narrativas acerca das forças que compõem a cidade. Busca-se, assim, captar os efeitos das intervenções em suas possibilidades de enfrentamento aos imperativos homogeneízadores da cidade - atrelados às premissas do biopoder e da produção capitalística - ou as possibilidades de criação e defesa da potência de vida, propondo novas estilísticas e formas de enfrentamento do niilismo passivo contemporâneo. Em suas andanças, o pesquisador-errante capta efeitos de abertura de limiares, de possibilidades de encontros, de dissipação do medo, de produção de espetáculo, de emergência de microfacismos, de gentrificação, entrelaçando-se à produção do novo nas subjetividades emergentes no meio urbano. Tal produção conjura subjetividades-containers, isto é, subjetividades blindadas e descartáveis, de acordo com a lógica do consumo, do espetáculo e de uma saúde reduzida ao corpo. Entretanto, também operam heterogeneidades, produzem desvios potencializadores da vida, quando se colocam como medianeras, promovendo possibilidades de criação e de defesa da potência de vida. Problematiza-se, portanto, como as intervenções urbanas produzem narrativas acerca dos modos de vida na cidade, descrevendo suas singularidades discrepantes e paradoxais.