Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Fernanda dos Santos |
Orientador(a): |
Paulon, Simone Mainieri |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/282582
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Resumo: |
O aumento dos fluxos migratórios no mundo é um fenômeno recente e crescente, principalmente entre os países do Sul global, que demanda novos olhares e estudos que subsidiem políticas públicas de saúde e favoreçam o acolhimento às populações e aos países por ele atingidos. No momento em que milhares de pessoas migram da Venezuela em direção às fronteiras brasileiras, as cidades adquirem novos rostos, cores, línguas e desafios. Na capital gaúcha, localizada geograficamente no extremo oposto do país de origem desses imigrantes, algumas centenas de pessoas bravejam: - “O Brasil vai virar uma Venezuela". É considerando tal contexto que esta pesquisa buscou acompanhar movimentos (des)territorializantes que compõem ritmos e desenhos que emergem na cena urbana e nos corpos migrantes, a partir da experiência de venezuelanos que vivem em Porto Alegre. Sustentada na metodologia cartográfica, a pesquisa-intervenção promoveu oficinas, reuniões e passeios pela cidade, onde foram compartilhadas narrativas por meio de imagens fotográficas, rodas de conversa e mapas afetivos, com o objetivo de identificar como a experiência migratória produz singularidades em quem migra, bem como na cidade que os recebe. Tais ferramentas metodológicas permitiram capturar a multiplicidade nas formas de ser estrangeiro, bem como conceber que a cidade se constitui como uma grande máquina produzida e produtora de subjetividades. Ao final, as três categorias analíticas sistematizadas pelo estudo - “cidades inventadas”, “saudades” e “crianças” - emergem como elementos mediadores na relação que os venezuelanos estabelecem com a cidade e apontam à importância de considerarmos a diversidade de experiências e modos de viver (n)a cidade. Conclui-se que o combate às violências que tomam o estrangeiro como inimigo implica o enfrentamento de um imaginário homogeneizante acerca do imigran Conclui-se que o combate às violências que tomam o estrangeiro como inimigo implica o enfrentamento de um imaginário homogeneizante acerca do imigrante e que a desconstrução desse discurso é impostergável para fazer das cidades espaços tão plurais quanto as vidas que a habitam. |