Criopreservação de fragmentos de tecido ovariano de peixes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Lis Santos
Orientador(a): Streit Júnior, Danilo Pedro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/196428
Resumo: Apesar dos avanços no manejo reprodutivo de peixes para programas de melhoramento, pouco se sabe sobre o uso potencial de biotecnologias reprodutivas, como a criopreservação de tecido ovariano. A criopreservação de tecido ovariano em peixes tem como objetivo preservar o germoplasma feminino de espécies selvagens e ameaçadas de extinção, assim como de peixes de alto valor zootécnico e importantes modelos de pesquisa biomédica. Em um estudo prévio realizado pelo nosso grupo de pesquisa, obtivemos um elevado percentual de viabilidade de oócitos imaturos após vitrificação de fragmentos de tecido ovariano. Esse estudo mostrou que oócitos imaturos de peixes têm maiores chances de sobrevivência após a vitrificação do que oócitos em estádios mais avançados de maturação. No entanto, até o momento nenhum estudo comparou qual técnica de criopreservação, vitrificação ou congelamento lento, apresenta melhores resultados na criopreservação de fragmentos de tecido ovariano de peixes teleósteos. Assim, no primeiro estudo utilizando o modelo biológico zebrafish (Danio rerio), o objetivo principal foi comparar os efeitos de dois protocolos de criopreservação, vitrificação e congelamento lento, na viabilidade do tecido ovariano por meio da avaliação de parâmetros de estresse oxidativo, de danos ao DNA, atividade mitocondrial e integridade morfológica dos oócitos imaturos. Os resultados obtidos mostraram que o congelamento lento apresentou maiores níveis de estresse oxidativo e menor atividade mitocondrial do que o tecido ovariano vitrificado. Além disso, as observações ultraestruturais dos oócitos congelados apresentaram ruptura da membrana plasmática, perda de conteúdo intracelular e um grande número de mitocôndrias danificadas, enquanto os oócitos vitrificados tinham mitocôndrias e membranas plasmáticas celulares intactas Portanto, a vitrificação foi utilizada no segundo estudo que teve como objetivo verificar se a biotécnica utilizada em zebrafish é aplicável em uma espécie de peixe de importância econômica. A alta viabilidade de oócitos obtida após a vitrificação de tecido ovariano contendo folículos imaturos de pacu (Piaractus mesopotamicus) sugere que o protocolo aplicado pode ser utilizado com sucesso em outras espécies de peixes teleósteos.